ATA DA AUDIÊNCIA PÚBLICA REALIZADA COM O OBJETIVO DE
DISCUTIR PROBLEMAS ENFRENTADOS PELO BAIRRO RUBEM BERTA – PRIMEIRA SESSÃO
LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA DÉCIMA QUINTA LEGISLATURA, EM 19-5-2009.
Aos dezenove dias do mês de maio do ano de dois mil
e nove, reuniu-se, na Escola Municipal Grande Oriente do Rio Grande do Sul, na
Rua Wolfram Metzler, 600, a Câmara Municipal de Porto Alegre. Às dezenove
horas, o Vereador Adeli Sell assumiu a presidência e declarou abertos os
trabalhos da presente Audiência Pública, a qual teve como Mestre de Cerimônias
o Senhor Ricardo Faertes, destinada a discutir problemas enfrentados pelo
Bairro Rubem Berta, conforme requerido pela Associação Comunitária dos
Moradores do Conjunto Residencial Rubem Berta – AMORB –, por meio do Processo
nº 1691/09. Compuseram a Mesa: o Vereador Adeli Sell, 1º Vice-Presidente da
Câmara Municipal de Porto Alegre, e o Vereador Paulinho Ruben Berta, Presidente
da AMORB. Ainda, durante a presente Audiência Pública, foram registradas as
presenças dos Vereadores Carlos Todeschini, Dr. Raul, Fernanda Melchionna,
Maria Celeste, Mauro Pinheiro, Reginaldo Pujol e dos Senhores Francisco José
Ferreira Pinto, Diretor da Divisão de Conservação do Departamento de Esgotos
Pluviais – DEP –; João Luiz da Silva, representando a Secretaria Municipal do
Meio Ambiente – SMAM –; Luiz Felipe da Silveira Oliveira, representando a
Secretaria Municipal da Juventude; Adão Antônio Mendes Palma, representando o
Departamento Municipal de Habitação – DEMHAB –; João Carlos da Silva, Agente de
Fiscalização da SMAM; Albino Monteiro de Souza, Síndico do Núcleo 15 do
Conjunto Residencial Rubem Berta; Cláudio Silva e Carlos André Matos,
representando a Secretaria Municipal de Obras e Viação – SMOV –; do Padre
Alexandre Griebler; das Senhoras Zuleica Beltrame, representando a Secretaria
Municipal de Educação – SMED –; Tânia Maria Pasetto Maramon, representando o
Departamento Municipal de Água e Esgotos – DMAE –; Eronita Ferreira Paz,
Vice-Presidenta da AMORB; Lenira Inês Wolf, representando o Núcleo 34 do
Conjunto Residencial Rubem Berta; Renata Ramos Elias, do Instituto de Educação
Infantil Girassol; Carmen Lopes, da Microrregião 10 do Conselho Tutelar de
Porto Alegre; Maria Tereza Pinto Medina, do Conselho Municipal de Justiça e
Segurança; Sandra Ilibio Braz, do Gabinete da Vereadora Sofia Cavedon; Helenira
Martins Lopes, representando o Gabinete da Deputada Federal Manuela D’Ávila;
Maria Elizete da Silva, representando o Deputado Estadual Raul Carrion, e
Marlene da Silva Hüber, Gerente Regional da Fundação de Assistência Social e
Cidadania – FASC. A seguir, o Senhor Presidente prestou esclarecimentos acerca
das normas a serem observadas durante a presente Audiência Pública, informando
que, após o pronunciamento do Vereador Paulinho Ruben Berta, seria concedida a
palavra para
manifestações dos representantes da comunidade e dos Vereadores inscritos. Em
continuidade, foram iniciados os debates acerca de problemas enfrentados pelo
Bairro Rubem Berta, tendo o Senhor Presidente concedido a palavra ao Vereador
Paulinho Ruben Berta. Na ocasião, a Vereadora Maria Celeste formulou Requerimento verbal,
deferido pelo Senhor Presidente, solicitando que fosse reduzido de dez para
cinco minutos o prazo de pronunciamento dos Senhores Vereadores durante a presente
Audiência Pública. Após, o Senhor Presidente concedeu a palavra aos
inscritos, que se pronunciaram na seguinte ordem: o Senhor Rodney Torres, do
Conselho Municipal de Justiça e Segurança; Pedro Bairros, Coordenador Regional
do Programa de Orçamento Participativo de Porto Alegre; Wilson Rodrigues,
Síndico do Bloco 02 do Núcleo 08 do Conjunto Residencial Rubem Berta; Rita de
Cássia Scandolara, moradora do Bairro Rubem Berta; Cândido Acosta, Presidente
da Associação de Moradores do Recanto da Lagoa; Solange Scheidt, moradora do
Núcleo 32 do Conjunto Residencial Rubem Berta; Gelci Zanella, da AMORB; Emerson
Dutra, do Sindicato dos Rodoviários de Porto Alegre; Hugo Osvaldo Hellwig, da
Associação Comunitária Jardim dos Coqueiros; Cláudio Alves Martins, da Associação
dos Cabeleireiros do Bairro Rubem Berta; Roberto de Oliveira Souza, morador do
Núcleo 18 do Conjunto Residencial Rubem Berta; Sônia Trovão, moradora do Núcleo
34 do Conjunto Residencial Rubem Berta; José Carlos da Silva, morador do Núcleo
15 do Conjunto Residencial Rubem Berta; Íria Klauck, moradora do Núcleo 26 do
Conjunto Residencial Rubem Berta; Carmem Lopes, Conselheira da Microrregião 10
do Conselho Tutelar de Porto Alegre; Paulo Silva, Coordenador do Programa de
Orçamento Participativo de Porto Alegre; Roberto Barbosa, Presidente da Liga
Independente de Esporte Amador do Bairro Rubem Berta – LIARB –; Geisa Vargas,
moradora do Núcleo 23 do Conjunto Residencial Rubem Berta, e aos Vereadores
Paulinho Ruben Berta, Maria Celeste, Fernanda Melchionna, Dr. Raul, Mauro
Pinheiro e Reginaldo Pujol. Em prosseguimento, o Senhor Presidente concedeu a
palavra ao Senhor Ernesto da Cruz Teixeira, Diretor-Geral do DEP, e à Senhora
Angela Regina Groff Nunes, Gerente Distrital de Saúde da Região do Eixo
Baltazar, representando o Governo Municipal. Às vinte e uma horas e vinte e
cinco minutos, nada mais havendo a tratar, o Senhor Presidente declarou
encerrados os trabalhos da presente Audiência Pública. Os trabalhos foram
presididos pelo Vereador Adeli Sell. Do que eu, Adeli Sell, determinei fosse
lavrada a presente Ata, que será assinada pelos Senhores 1º Secretário e
Presidente.
O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS (Ricardo Faertes): Presidente em
exercício da Câmara Municipal de Porto Alegre, Ver. Adeli Sell, neste momento
damos início à Audiência Pública com o objetivo de discutir sobre diversos
problemas enfrentados pelo bairro Rubem Berta, como segurança pública,
saneamento básico, pavimentação de ruas e saúde. Passamos a leitura do Edital
(Lê.): Audiência Pública com o objetivo de discutir sobre diversos problemas
enfrentados pelo bairro Rubem Berta. O Presidente da Câmara Municipal de Porto
Alegre, no uso das suas atribuições legais, comunica à comunidade
porto-alegrense a realização de Audiência Pública no dia 19 de maio de 2009, às
19h, no Auditório da Escola Municipal Grande Oriente do Rio Grande do Sul,
localizada na R. Wolfram
Metzler, nº 600, com o objetivo de discutir os diversos problemas enfrentados
pelo bairro Rubem Berta: segurança pública, saneamento básico, pavimentação de
ruas, saúde, entre outros. Gabinete da Presidência, 15 de abril de 2009. Ver.
Sebastião Melo, Presidente.”
Com a palavra o Presidente desta Audiência Pública,
Ver. Adeli Sell.
O SR. PRESIDENTE (Adeli Sell): Boa-noite
senhoras e senhores, é um prazer estar aqui no bairro Rubem Berta para dar
abertura a esta Audiência Pública. Queria agradecer a presença de todos e todas
que fizeram o esforço para estarem aqui nesta noite. Já estão aqui comigo, à
Mesa, o proponente desta reunião, nosso colega e Presidente da Associação, Ver.
Paulinho Ruben Berta, a Verª Maria Celeste, o Ver. Mauro Pinheiro. Quero também
anunciar a presença do Diretor do Departamento de Esgotos Pluviais, Sr. Ernesto
da Cruz Teixeira, agradeço a sua presença de um modo especial, sei que tem um
compromisso posteriormente; gostaria de compor a Mesa, o senhor se sinta à
vontade no momento que tiver que sair, porque o Sr. Francisco Pinto e outros do
DEP ficarão aqui.
Queria também agradecer à representante da
Secretaria Municipal da Saúde, Srª Angela Regina Groff Nunes, Gerente Distrital
de Saúde da Região do Eixo Baltazar; ao representante da Secretaria Municipal
do Meio Ambiente, Sr. João Luiz da Silva; à representante da Secretaria
Municipal da Educação, Srª Zuleica Beltrame; ao representante da Secretaria
Municipal da Juventude, Sr. Luiz Felipe da Silveira Oliveira; à representante
do Departamento Municipal de Água e Esgotos, Srª Tânia Maramon; ao
representante do Departamento Municipal de Habitação, Sr. Adão Antônio Mendes Palma;
ao Sr. Francisco Pinto, do DEP; ao Sr. João Carlos da Silva, agente de
fiscalização da SMAM; ao Sr. Albino Monteiro de Souza, Síndico do Núcleo 15,
Nova Aliança; à Srª Eronita Ferreira Paz, Vice-Presidenta da Associação
Comunitária de Moradores do Conjunto Residencial Rubem Berta – AMORB; à
Srª Lenira Inês, representante do Núcleo 34, bloco C1; à Srª Renata Ramos
Elias, do Instituto de Educação Infantil Girassol; à Srª Carmem Lopes, do
Conselho Tutelar, Região 10; ao Sr. Rodney Torres, do Conselho Municipal de
Justiça e Segurança; à Srª Maria Tereza Pinto Medina, do Conselho Municipal de
Justiça e Segurança; ao Gabinete da Verª Sofia Cavedon, representado pela Srª
Sandra Braz. A Verª Fernanda Melchionna já está à Mesa, boa-noite. Depois vamos
anunciar outras presenças aqui neste nosso evento.
Antes de passar a palavra ao Ver. Paulinho Ruben
Berta, Presidente da Associação, que pediu esta Audiência Pública, quero dizer
que os pronunciamentos serão de até 10 minutos, as pessoas vão usar o tempo que
acharem conveniente até 10 minutos. A mesma coisa para os Vereadores, até 10
minutos. Para os pronunciamentos da comunidade, são 10 inscrições de 5 minutos
cada. Então, as inscrições podem ser feitas aqui com a Valeska, em seguida.
Vamos anunciar, desde agora, que para todas as
nossas audiências públicas é feito um documento que é enviado para diversas
autoridades. Muitas vezes não são apenas questões do Município, mas também
questões da região, que digam respeito à Companhia de Energia Elétrica, ao
Batalhão Ambiental, à Brigada Militar, à Polícia Civil, ou seja, aos órgãos do
Estado e até mesmo da União.
Portanto, passo imediatamente a palavra ao nosso
colega, Ver. Paulinho Ruben Berta, para fazer uso da palavra.
O SR. PAULINHO RUBEN BERTA: Eu gostaria de
cumprimentar - na figura do nosso Vereador, hoje presidente em exercício da
nossa Câmara de Vereadores, Adeli Sell - a todas lideranças, autoridades, a
todos aqui presentes e,
principalmente, as lideranças comunitárias e agradecer a todos os Vereadores
presentes. A gente solicitou esta Audiência Pública na Câmara de Vereadores,
porque o nosso Bairro vem lutando há muitos anos, a Associação de Moradores, as
lideranças, as diretoras de creche, Igrejas, todos nós viemos lutando muito
pelo nosso Bairro. Avançamos em algumas coisas, por exemplo, nós temos 39
núcleos, 13 núcleos estão contemplados com asfalto, esgoto, troca de rede de
água, de esgoto, de tudo. Vinte e seis núcleos ainda não. Mas esse é um dos
motivos. Outro motivo é o nosso PSF, conquistado desde 98, que está no caderno
do Orçamento Participativo, que a gente ainda não conseguiu tirar do papel, e
que estamos procurando encaminhar da melhor maneira para solucionar. Por
exemplo, a nossa Unidade de Saúde do Rubem Berta, embora as pessoas tenham a
maior clareza e a maior boa vontade de fazer um atendimento à população causa
diversos transtornos. Por quê? Não têm capacidade física para atender o número
de pacientes que vão à Unidade de Saúde e isso gera um transtorno, discussão,
agressões de diversas formas. Então, esse é mais um. E nós temos um terreno ao
lado do núcleo 22 que há muitos anos a gente vem conservando, quase deu morte
lá, porque as pessoas querem ocupar aquele terreno. A Associação junto com as
lideranças têm procurado evitar esta ocupação lá, porque é o único local que
nós temos para instalar mais um Posto de Saúde. Também temos tentado conduzir
as coisas da melhor maneira possível. Nosso Bairro é tachado como um dos
bairros mais violentos de Porto Alegre, se não o mais. É um preço muito grande
que nós pagamos, porque a Região Rubem Berta pode, sim, ser a mais violenta. O
Conjunto Residencial Rubem Berta é um deles. Não o mais violento. E isso nos
causa prejuízo. As pessoas, quando não conseguem enxergar, muitas vezes não
percebem, mas os nossos filhos, nós, cidadãos, cidadãs, estamos pagando um
preço muito alto. Por quê? Ao chegar numa empresa, nos colocarmos como
candidatos a um emprego ou uma vaga de trabalho e dissermos que moramos no
Rubem Berta, e muitas pessoas já têm notado isso, nos causa aflição, porque
muitas vezes não somos contemplados com esta vaga de serviço, porque moramos no
Rubem Berta. Queremos mudar isso.
A
nossa proposta, que levamos até o Prefeito Municipal de Porto Alegre, estamos
levando a todos os Secretários da Administração Municipal e, também, do Estado,
é que tenhamos um objetivo e um projeto exclusivo para o Rubem Berta, estilo
“Fala Favela” do Rio de Janeiro.
Para
combater esta violência nós precisamos, primeiro, de qualificação, educação e
oportunidade para os nossos adolescentes. Principalmente para os nossos
adolescentes. Precisamos para toda a comunidade, mas para os adolescentes ainda
mais. Então, é a forma que nós estamos encontrando, a Associação de Moradores,
nessa batalha, junto com os síndicos, moradores, tem encontrado para combater a
violência, através da qualificação, da oportunidade, que nós podemos transmitir
aos moradores.
Esse
é o nosso objetivo, hoje. Eu não quero me estender, porque eu acho que o povo
pode falar muito melhor das necessidades do que eu. Obrigado. (Palmas.)
O
SR. PRESIDENTE (Adeli Sell):
Obrigado, Paulinho Ruben Berta, por sua explanação e abertura. Quero também
anunciar a presença do Padre Alexandre, que nos honra muito com a sua presença.
Eu queria anunciar, também, a presença do Ver. Reginaldo Pujol do DEM, e o Ver.
Dr. Raul do PMDB.
A
SRA. MARIA CELESTE: Eu
só queria colocar uma questão de ordem, Presidente.
O
SR. PRESIDENTE (Adeli Sell): Sim,
Vereadora, por favor.
A
SRA. MARIA CELESTE: Nós
estávamos conversando junto com o Paulinho e a Verª Fernanda, de diminuir o
tempo da intervenção dos Vereadores, porque 10 minutos é muito tempo. Acho que
devemos diminuir o tempo dos Vereadores, porque nós estamos aqui mais para
ouvir a comunidade.
O
SR. PRESIDENTE (Adeli Sell): Cinco
minutos, seria bom.
A
SRA. MARIA CELESTE: Cinco
minutos seria bom. Obrigada.
O
SR. PRESIDENTE (Adeli Sell): As
inscrições estão abertas, as pessoas podem chegar aqui, para se inscreverem.
Podem me passar as primeiras inscrições. Não se sintam constrangidos, acanhados.
Podemos iniciar com a primeira inscrição, Luiz Afonso?
(Manifestações
fora do microfone. Inaudível.)
O
SR. PRESIDENTE (Adeli Sell): A
primeira inscrição é do morador e Conselheiro de Segurança, Rodney Torres.
O
SR. RODNEY TORRES: Em
primeiro lugar, quero dar um boa-noite ao Presidente dos trabalhos, Ver. Adeli
Sell, cumprimentando o Vereador, cumprimento aos demais da Mesa, um boa-noite à
plenária aqui presente. Eu gostaria de convidar toda a comunidade que está aqui
presente para a 1ª Conferência Nacional de Segurança Pública, nos dias 29 e 30
deste mês, a abertura vai ser na Câmara Municipal, às 19h, e no sábado, dia 30,
no Colégio Sevigné, na Duque de Caxias, a partir das 8h30min. É muito
importante a presença de toda a sociedade civil, porque nessa Conferência se
busca a mudança a mudança de uma mentalidade da Segurança Pública no Brasil.
Vai-se tirar dali novos princípios e diretrizes para Segurança Pública.
E,
vindo nesse viés da Segurança Pública, quero pedir um apoio, Ver. Adeli, Ver. Paulinho,
Ver. Mauro Pinheiro, que está aí conosco desde o início nessa luta, que nós
conquistamos, aqui na região do eixo da Baltazar, a Praça da Juventude, que é
um projeto do Pronasci, de um milhão e meio de reais, que já está no Caixa da
Prefeitura, e infelizmente o Governo Municipal não quer executar essa obra aqui
na Região. A contrapartida da Prefeitura, que é de 2%, ou seja, dá menos de 30
mil reais, porque são um milhão, quatrocentos e poucos mil reais o valor que
está disponível para a Prefeitura já na Caixa Federal, e a contrapartida de 2%
não quer ser executado. A Prefeitura alega custo de manutenção da Praça, mas
manutenção vai ter de fazer de qualquer maneira, porque nós ganhamos essa
Praça. Só para o pessoal entender o que é a Praça da Juventude, é um projeto
que contempla: um teatro de arena para ter cultura, esse projeto é para ser
desenvolvido ali na Praça México, já foi aprovado por diversas Secretarias da
Prefeitura, deram o aval e disseram que o melhor lugar, em Porto Alegre, para
criar a Praça da Juventude é no Rubem Berta, na Praça México; quadra de
esportes, ginásio poliesportivo, telecentro e diversos outros aparelhos que são
principalmente para trabalhar com a juventude de 14 a 29 anos, para estarmos
disputando eles com o tráfico, em vez de eles estarem a serviço da
criminalidade, vamos trazer eles para a educação, para o esporte e para o
lazer. E, infelizmente, a Prefeitura não quer executar esse projeto. Com isso,
aqui, trazendo à representação do Fórum Regional de Justiça e Segurança e do
Conselho Municipal, o qual eu represento, pedir o apoio e engajamento de toda a
Câmara Municipal para que se execute esse projeto antes que mais essa verba do
Governo Federal vá embora e seja devolvida para Brasília.
Com
relação a outros problemas, que eu sou morador aqui da COHAB também, do Núcleo
4, com relação ao DEP, nós temos muitos alagamentos aqui, qualquer chuvinha,
por exemplo, na passagem do Núcleo 5 para o Núcleo 4, chuvinha de 5 minutos, a
gente já bota água pela canela, e assim acontecem em diversas outras áreas aqui
da COHAB também.
Com
a SMOV, por exemplo, temos diversos problemas com iluminação, a iluminação
pública que não é feita a substituição das lâmpadas, e, infelizmente, nós
pagamos uma Taxa de Iluminação Pública de dois reais e oitenta centavos, três
reais, e nós não temos uma iluminação pública decente aqui na Região.
Assim
também com relação à SMAM, que não faz a poda das árvores que tapam a
iluminação dos postes, e tudo isso é problema de Segurança.
E,
também, não deixando passar aqui despercebido, para a EPTC nós encaminhamos,
através do Gabinete do Ver. Adeli, diversos Pedidos de Providência, porque eu,
por exemplo, para ir trabalhar, eu pego o ônibus 6h50min da manhã e ele já sai
do final da linha superlotado e normalmente atrasado. Então, a EPTC
simplesmente não comparece às reuniões, nós chamamos a EPTC aqui na Região, no
Fórum, para estar discutindo essas questões, a EPTC não comparece, vieram fazer
uma mediação aqui em pleno carnaval, quando não tinha ninguém, véspera de
feriado, não tinha ninguém andando, é claro, vai estar sempre bom. Então, seria
isso, os demais vão colocar os outros problemas. Obrigado. (Palmas.)
O
SR. PRESIDENTE (Adeli Sell): Obrigado.
O Sr. Pedro Bairros, CROP da Região, está com a palavra. A próxima inscrição é
do Wilson Rodrigues, que peço já fique a postos.
O
SR. PEDRO BAIRROS: Boa-noite,
Sr. Presidente, demais Vereadores aqui presentes, comunidade em geral, falo em
nome do Jardim da Amizade, no qual também moro. O Jardim da Amizade é uma das
áreas ocupadas hoje da Baltazar até Porto Seco. O que houve? Desde essas
ocupações - ou não, porque aí há aquelas que foram ocupadas e as que foram
compradas de terceiros -, essas comunidades carecem, hoje em dia, de
infraestrutrura, embora, por força de lei, seria o loteador que deveria fazer,
mas não o fazendo, essas comunidades sempre se sentiram necessitadas. Ao longo
desses anos, o Jardim da Amizade demandou, com as demais comunidades, em
parcerias com outras lideranças, toda e qualquer investimento para essas áreas,
não sendo contemplado por questões de critérios técnicos. No Orçamento
Participativo há o Regimento Interno que se sobressai; muitas vezes alguma
Secretaria nega, por critérios técnicos, mas ele já foi executado nas demais
áreas. Gostaríamos que a Câmara revisse estes critérios técnicos e passassem a
dar dignidade àqueles moradores que ali habitam.
Outro
aspecto é quanto aos serviços executados. Muitos serviços são executados, sim,
e inclusive aqui o Secretário do DEP, embora não possa fazer uma obra, por
força de lei, mas tem no seu dia a dia, aquelas pessoas, aqueles comunitários
que trabalham na região tentando amenizar aquele problema, mas essa região está
carecendo muito do escoamento daquela água que fica na Sady Cahem Fischer; a Sady
é uma rua gravada, está dentro do Plano Diretor, e gostaríamos de rever aquilo
ali com mais atenção porque talvez vá precisar um estudo técnico. O Ver.
Paulinho andou lá visitando esta área, tem fotos, acredito que possa
fornecê-las a todos vocês, assim como tem uma radiografia da região.
Gostaríamos, já, como é representante local, assim como Mauro Pinheiro,
começassem a dar uma atenção um pouco mais para a região do eixo da Baltazar,
porque, embora com o apoio das comunidades, embora o Ver. Paulinho tenha
trabalhado muito para que se colocasse o Programa Água Certa, mas ela ainda não
é uma realização total porque foi demandado água para o Jardim da Amizade em
primeiro lugar e foi negado por critérios técnicos. Se colocou o Programa Água
Certa, mas se forem ver o desperdício que há de água... As pessoas enquanto não
estão pagando, enquanto não doer no bolso, tu vais usar e usufruir como bem
entender. Gostaríamos que a Câmara, através dos senhores, representantes, este
ano visse um pouco mais a região Rubem Berta, a região do eixo da Baltazar,
daquelas carências, aquilo que está necessitando durante o dia a dia. Era isso.
Muito obrigado a todos. (Palmas.)
O
SR. PRESIDENTE (Adeli Sell): Nós
que agradecemos.
Com
a palavra o Sr. Wilson Rodrigues, síndico do B2 do núcleo 8.
O
SR. WILSON RODRIGUES: Boa-noite,
quero cumprimentar todos os componentes da Mesa, o Sr. Presidente da Câmara, e
em especial o nosso Vereador do Bairro, Paulinho Rubem Berta. A nossa
reivindicação é curta e grossa, como se diz no português, é com referência a um
alargamento que existe aqui no núcleo 8, aqui embaixo, que o Paulinho bem
conhece, pois se sofre com aquilo ali há mais de 20 anos. Foi iniciada uma obra
de drenagem pelo DEP e SMOV naquela época, e não se sabe por que razão, foi interrompida,
e aquilo vem prejudicando tanto moradores como o comércio dali debaixo. Quando
chove, principalmente no verão, aquele chuvão de verão, enche de água aquilo
ali; são moradias, comércio, pessoas que sofrem com aquilo ali há muito tempo.
Foi feito um pedido formal, eu tomei a iniciativa de fazer um levantamento com
fotos daquilo ali, entregamos em 2007 uma cópia no Gabinete do Prefeito, na
SMOV e no DEP, só que existe um jogo de empurra e não se tem uma solução para
esse problema até hoje. Faço questão de entregar uma cópia, mais uma vez, deste
documento ao Diretor do DEP, e esperamos uma providência. Obrigado. (Palmas.)
O
SR. PRESIDENTE (Adeli Sell): Com
a palavra a Srª Rita de Cássia Scandolara.
A
SRA. RITA DE CÁSSIA SCANDOLARA: Boa-noite.
Sou moradora e quero fazer algumas perguntas. A gente se inscreveu para ganhar
moradia, e eu quero saber, como já fui conversar com o nosso Ver. Paulinho, ele
explicou algumas coisas, mas pediu que eu falasse formalmente, até porque são
coisas do bairro. Eu moro atrás do trinta, numa casa, e fui perguntar a ele o
que vai ser feito das nossas moradias. Aí ele me repassou que cada morador que
sair da casa, quando ganhar a sua, vai ser destruída, até porque acho justo,
porque o pessoal dos núcleos merece seu espaço, só que eu também quero sair
daqui para um lugar que tenha saúde, ônibus, que se tenha tudo o que se tem
aqui. Tudo bem, o Bairro está violento, mas em qualquer bairro que se mora em
Porto Alegre, até no Interior, é perigoso, só que eu quero dignidade. Sobre a
creche que a gente tem aqui, que é mantida pela Prefeitura – ajudas -, eles vão
abrir ali, vão fazer uma entrada para ambulância e, se precisar, para algumas
coisas; eles vão mexer em todo o encanamento de água e a gente vai ficar sem
água. Eu queria saber o que vocês vão fazer com a nossa água, porque a gente
vai ficar sem água e, provavelmente sem luz também. A gente queria que fosse
posto iluminação lá, que a gente não tem, e a gente quer uma rede de luz e água
também. É só isso que eu tenho para falar. Muito obrigada.
O SR. PRESIDENTE(Adeli Sell): Conforme
anunciamos anteriormente, todas as reuniões estão sendo gravadas e serão
enviadas a todos os Departamentos da Prefeitura, e, no caso mencionado, nós
temos aqui a presença da Tânia, representando o DMAE, que deve estar anotando.
O Sr. Cândido Acosta, Presidente da Associação de
Moradores do Recanto da Lagoa, está com a palavra.
O SR. CÂNDIDO ACOSTA: Boa-noite à
Mesa; boa-noite a todos os moradores e representantes comunitários aqui
presentes, sou Presidente da Associação de Moradores do Recanto da Lagoa e
também Coordenador da Comissão de Habitação do eixo da Baltazar. A questão do
Recanto da Lagoa é uma ocupação que ocorreu em média há 18 anos, onde a gente
conseguiu reassentar 64 famílias, e conseguimos a regularização de mais 12
áreas comerciais dentro da nossa comunidade. Desde então nós vimos lutando para
regularizar as demais residências que ali existem. A gente está tendo uma
dificuldade muito grande, como é uma área com uma parte da COHAB e uma parte do
Município, a gente fica como ping pong, empurra para cá e empurra para
lá, uma desculpa aqui e outra ali e não se consegue regularizar aquela área. E
a gente já fez denúncia, já levamos documentos inclusive para a Câmara de
Vereadores, para o Prefeito, para o Governo do Estado, onde os grandes
comerciantes da região conseguem construir cada vez mais, ocupando o espaço
onde a gente quer regularizar as moradias, porque acho fundamental as famílias
permanecerem ali, mas regularizado.
Ontem, nós tivemos uma reunião com o DEMHAB, e é aí
que nós queremos o apoio da Câmara de Vereadores, para que se possa, junto com
o DEMHAB, COHAB e Sehadur, regularizar a questão do Recanto da Lagoa, porque
aquelas famílias que moram ali merecem morar com dignidade, merecem melhorar as
suas condições de vida.
Outra questão, aproveitando a presença do DEP, é
que nós temos tentado contato com o DEP e não temos obtido resposta positiva.
Inclusive marcaram uma visita aqui na região, nós queríamos caminhar na Vila
Unidos e caminhar no próprio Recanto da Lagoa, e, como estava chovendo, me
ligaram dizendo que não viriam. Mas em dia de chuva é quando mais se vê o
problema do DEP nessas comunidades, que moram em área de risco, em área com
alguma dificuldade.
Então, eu acho que o DEP tem que mudar o critério,
eu acho que para realmente ver os problemas de alagamentos, ver os problemas
dentro das comunidades que tem os valões, vai ter que ser em dia de chuva. Eu
acho que são nos dias de chuva que temos que caminhar lá, nós, lideranças, não
temos problema porque caminhamos no sol, caminhamos na chuva, caminhamos no
barro, caminhamos no asfalto. Não tem problemas para nós. Nós gostaríamos que o
DEP também fizesse isso com a sua assessoria.
Outra questão que estamos preocupados, e o Paulinho
colocou, nós temos vários núcleos dentro do Ruben Berta que não foram
asfaltados, e nós temos demandado isso dentro do Orçamento Participativo e não
tem sido cumprido aquilo que está no Orçamento Participativo. Nós também
achamos que, enquanto não há a possibilidade de colocar o asfalto, se coloque,
pelo menos, o patrolamento e o ensaibramento dentro desses núcleos, para que se
possa, principalmente agora no inverno, caminhar com mais dignidade, mais
tranquilo dentro dos nossos núcleos. Obrigado.
O SR. PRESIDENTE(Adeli Sell): Obrigado,
Cândido Acosta. Eu quero anunciar a presença da Srª Helenira Lopes,
representante do gabinete da Deputada Federal Manuela D’Ávila. Obrigado pela
sua presença.
A Srª Solange Sheidt, Associação do bairro Rubem Berta,
está com a palavra.
A SRA. SOLANGE SHEIDT: Boa-noite a
todos, eu sou moradora do Núcleo 32, sou Síndica do João de Barro, e a minha
solicitação é por segurança no campo. As nossas crianças não tem onde ter um
lazer, onde jogar futebol, eles jogam no meio do Núcleo, detonando os portões,
detonando as lâmpadas. Seguidamente ficamos no escuro por causa do jogo de
futebol, mas não podemos reprimir porque eles não têm espaço. Nós temos um
campo maravilhoso ali embaixo, que eles têm medo de passar por causa do tráfico
e da bandidagem. Então, eu gostaria de solicitar uma passarela em roda do campo
para que nós possamos ter caminhada. Hoje, os médicos mandam as pessoas
caminhar. Agora, eu pergunto a vocês, onde é que nós temos espaço para fazer
uma caminhada aqui na COHAB? A gente tem a Praça México, já tentei, a gente vai
lá, mas até chegar lá, já estamos desanimados. Então, é uma questão de saúde e,
com certeza, isso vai melhorar a qualidade das nossas pessoas de mais idade,
vão ser menos pessoas ali na fila para depender de uma consulta médica. E eu
solicito segurança no campo para que as nossas crianças possam estar ali,
possam jogar bola, possam ter tranquilidade. Ali tem um esgoto que está
escorrendo naquela escadaria que desce, que não temos como transitar ali. E
essas são minhas reivindicações: segurança para o campo e uma passarela para
que possamos caminhar para ter mais saúde e bem-estar aqui no Ruben Berta.
Obrigada.
O SR. PRESIDENTE (Adeli Sell): Obrigado,
Solange Scheidt.
A Srª Gelci Zanella está com a palavra.
A SRA. GELCI ZANELLA: Boa-noite a
todos, eu represento o Núcleo 19. Como falou o Cândido, o nosso Núcleo não
possui asfalto. Além de não ter asfalto, na nossa passarela têm construídas
duas garagens. E nós temos um espaço de pouco mais de meio metro para sair do
Núcleo. E isso porque o morador do prédio da frente, desde a grade, desviou
para deixar um cantinho para passarmos. Foi-nos informado de que a SMOV colocou
na Justiça a demolição da garagem. Ligamos para a SMOV, a qual nos disse que
não tem nada na Justiça. Enviamos um e-mail para a Prefeitura, há uns
quatro, cinco meses. Há vinte dias, depois de ficar ligando todo o mês, nos
disseram que foi encaminhado para a Fiscalização, que passaria para fazer uma
vistoria e, depois, nos daria o retorno. Até agora, nós não temos o retorno.
Começou o inverno, começaram as chuvas, o beco é tipo um valo, pessoas de idade
já caíram ali, pessoas foram assaltadas atrás das garagens, porque fica escuro.
Então, nós estamos presos dentro do nosso Núcleo. Pedimos uma providência
urgente, principalmente, com a garagem, que sejam retiradas as garagens. Se não
tem condições de ser colocado um asfalto agora, que passem uma patrola, que
coloquem um saibrão, como faziam primeiro, como sempre era feito, que não tem
mais sido feito, tem buracos no meio do Núcleo. Então, pedimos, por favor,
olhem por nós, retirem essas garagens. Obrigada. (Palmas.)
O SR. PRESIDENTE (Adeli Sell): Obrigado,
Gelci. Como anunciei anteriormente, todas as questões estão sendo gravadas. Agradeço
a presença da SMOV aqui nesta reunião.
O Sr. Emerson Dutra, do Sindicato dos Rodoviários,
está com a palavra.
O SR. EMERSON DUTRA: Boa-noite à
Mesa, boa-noite aos Srs. Vereadores e, principalmente, a esses lutadores que
estão aqui. Eu gostaria de falar de frente para essas pessoas, que eu me
sentiria melhor e acredito que essas são as pessoas que elegem os Vereadores,
os Prefeitos. Estas pessoas que estão aqui nesta noite são as que fazem a
diferença no dia a dia do povo brasileiro.
Eu sou um motorista de ônibus, atualmente, estou no
Sindicato dos Rodoviários, sei muito bem o que vocês passam no dia a dia,
aquela tranqueira que tem ali na Av. Assis Brasil, das 17h30min às 19h30min, é
uma vergonha, Srs. Vereadores! É uma vergonha! Não tem cabimento uma
Prefeitura, um Governo que não tem um pingo de consideração com esses
trabalhadores! Não tem um pingo de consideração! Quando eu digo que não tem um
pingo, não botam um azulzinho na alternadora para controlar o “A” e “B”. Então,
não tem um pingo de consideração!
Nós,
rodoviários, nós, trabalhadores, estamos aqui, hoje, para reivindicar junto a
estes Vereadores a nossa aflição. A nossa segurança, aqui na ferradura,
atualmente, não é tanto, mas ali era o ponto X, a tripulação Ruben Berta, B-51,
às vezes, não queriam mais fazer a linha B-51 de tanto assalto que tinha ali!
Agora deu uma amenizada, mas ainda continua. Mas deu uma mobilizada, porque
vocês vão nas reuniões, porque vocês participam e pressionaram a Brigada!
Porque se não fosse assim, não ia acontecer isso. Oh, gente, eu digo uma coisa
para vocês, o que falta é interesse público, política pública para nós, que
somos trabalhadores, porque hoje eu estava na casa de um amigo meu e vi um
rapaz, que eu conheci pequenino - ele cresceu e estava traficando -, carregando
um carrinho de mão, trabalhando no concreto, gente. Então, o que falta é
oportunidade, falta é trabalho para nós. Nós temos que exigir dos Vereadores,
do Prefeito que tenham políticas públicas para nós, trabalhadores, porque nós
somos homens e mulheres de valor, merecemos respeito da população. Muito
obrigado, pessoal.
O
SR. PRESIDENTE (Adeli Sell): Obrigado,
Emerson Dutra, do Sindicato dos Rodoviários e morador do Jardim dos Coqueiros.
Como anunciei antes, há vários representantes do Governo Municipal, das várias
Secretarias. Quero anunciar as presenças do Sr. Cláudio Silva e do Eng. Carlos
André Matos, representantes da SMOV. Muito obrigado pela presença de vocês.
Quero anunciar também a presença da Elizete, representante do Dep. Estadual Raul
Carrion do PCdoB.
O
SR. PRESIDENTE (Adeli Sell): Obrigado,
Sr. Hugo.
Nós
tínhamos colocado, inicialmente, dez inscrições, já estamos com 16, como o
tempo está fluindo bem, chamo o décimo inscrito, o Sr. Cláudio Alves Martins,
da Associação dos Cabeleireiros do Bairro.
O
SR. CLÁUDIO ALVES MARTINS: Boa-noite
a todos, boa-noite aos nossos representantes aqui, para nós é uma alegria ver
cada um de vocês do nosso bairro. Como pai de família, gostaria de colocar para
os nossos representantes que, quando fui tirar uma ficha para a minha filha
consultar, cheguei no postinho às cinco horas da manhã, o portão chaveado, de
baixo de chuva, e ali tinha apenas vinte fichas para o Clínico Geral. Imaginem
vocês, Vereadores! Essa população que temos aqui, chegarmos no postinho às cinco
horas da manhã, não ter mais fichas e ainda ficar na chuva. E ainda, quando
chega às sete horas, têm ali dois guardas – não sei por que dois guardas ali,
como os moradores daqui sabem –, perguntamos: tem ficha? Não tem ficha. Já
viram a cara para nós, parece que ali nós dependemos deles, enquanto nós
estamos dependendo apenas de uma ficha para que o nosso filho seja examinado.
Isso não vem de agora, isso vem de anos e anos, nós pedindo, pedindo. Mas agora
parece que, a população pensa, temos um Vereador, ele vai resolver. Se assim
fosse possível, um representante ou todos os representantes resolverem. Mas
creio que com o conjunto todo, com o esforço de cada Vereador, talvez possamos
melhorar um pouquinho, não digo muito, mas um pouquinho mais para termos mais
fichas, que tenhamos mais médicos ali, para que, quando chegarmos com nossos
filhos, podermos ser atendidos! Às vezes, até para medir uma febre, não se tem
ninguém para medicar, é tão simples, creio eu, de ter esse médico para que nós
possamos, com nossos filhos, ali sermos atendidos.
Outra
coisa também, num bairro populoso com esse, nós vimos, ao terminar a escola, eu
sei talvez que seja de cada morador, cada condomínio tem que fazer a sua
calçada. Mas eu pergunto hoje: quem sabe a Prefeitura se propõe a fazer um
metro de calçada para que essa juventude, para que as pessoas idosas não tenham
que andar no meio da rua, porque é uma dificuldade. Hoje nós vimos pessoas
idosas indo no mercado e caindo com as sacolas de compras, com carrinhos,
porque eles usam muito o carrinho para ir no mercado, e nós não temos um metro
de calçada, vocês podem verificar, é tudo altos e baixos. Eu sei que é o
condomínio que tem de fazer, mas a dificuldade às vezes financeira nos impede
de fazer um metro de calçada. Quem sabe os Vereadores, a Prefeitura possa,
junto com os órgãos competentes, fazer um metro de calçada em toda a Rubem
Berta. Talvez também possa, inclusive, plantar umas árvores no corredor dessa
rua, que também não tem, até juntamente com o Paulo, ele me colocou: “Cláudio,
quem sabe a SMAM também pode mandar umas trinta mudas de árvores para nós
plantarmos ali no campo para que venha a fazer sombra”.
É
isso, nós nos sentimos honrados em ver vocês, e digo para vocês: a Rubem Berta
carece, não só de um, mas de todo o conjunto dessa vereança que, para nós, são
pessoas muito importantes para nos receber, não só hoje, mas ano a ano aqui.
Sentimos-nos alegres de ver vocês aqui, conto com vocês para que nos ajudem
nesse postinho, nos ajudem a fazer essas calçadas para que nós possamos ver que
as pessoas idosas possam caminhar. Muito obrigado.
O
SR. PRESIDENTE (Adeli Sell): Obrigado,
Cláudio.
O
Sr. Roberto de Oliveira está com a palavra.
O
SR. ROBERTO DE OLIVEIRA SOUZA: Eu
não vou tirar nada que ele falou, todas as aberturas que ele deu aqui, é tudo
que nós precisamos no bairro. Então, o Paulinho já sabe o que eu vou falar, não
preciso tirar nada. Tudo que nós precisamos no bairro o rapaz terminou de
falar. Não vou dizer que o meu núcleo 18 precisa, todos núcleos precisam.
Então, precisamos de todos os núcleos para ajudar todo mundo. O rapaz ali
terminou de falar, o Cláudio.
O
SR. PRESIDENTE (Adeli Sell): Ele
está assinando embaixo!
O
SR. ROBERTO DE OLIVEIRA SOUZA:
Não somos amigos, conheci ele agora!
O
SR. PRESIDENTE (Adeli Sell): É
a sintonia dos moradores!
O
SR. ROBERTO DE OLIVEIRA SOUZA:
Tudo que tu falaste agora, precisamos em todos os bairros. Meu núcleo, o 18,
também está sem asfalto, falei para o Paulinho, ele nos conhece há bastante
tempo. Então, a gente não precisa falar o que ele já disse, de novo, repetir
tudo. Já falou todas as coisas que a gente precisa no bairro. Muito obrigado,
desculpem alguma coisa.
O
SR. PRESIDENTE (Adeli Sell): Nós
também queremos anunciar a presença da Professora Marlene Hüber, Gerente
Regional da FASC.
A
Sônia Trovão, Núcleo 34-Bloco C2, está com a palavra.
A
SRA. SÔNIA TROVÃO: Boa-noite
a todos. O que eu venho reivindicar é um posto 24h, nós estamos necessitando
com urgência, porque são muitas pessoas doentes, idosos e crianças. Precisamos
de asfalto e de uma calçada, como disse o senhor anteriormente, nós temos que
andar na avenida, porque não temos calçada adequada. Se o comerciante ou os
moradores, em conjunto, fizessem, porque está horrível mesmo. Obrigada.
O
SR. PRESIDENTE (Adeli Sell): O
Sr. José Carlos da Silva, morador do Núcleo 15, está com a palavra.
O
SR. JOSÉ CARLOS DA SILVA: O
que eu reivindico é que, ali no Núcleo 15, há seis anos, foi feito um asfalto,
só que foi desviado para o Núcleo 3 por causa da rua. Tudo bem. Então agora
chegou a hora de ganharmos ali. Outra coisa, o DEP, ali na Rua Augusto Osvaldo
Thiesen, está muito devagar, a gente pede, pede, só fazem protocolo, mas os
esgotos estão todos entupidos. Até uma criança caiu dentro do esgoto, porque a
máquina quebrou. É isso o que eu peço, muito obrigado.
O
SR. PRESIDENTE (Adeli Sell): A
Srª Íria Klauck, moradora do Núcleo 26, está com a palavra.
A
SRA. ÍRIA KLAUCK: Boa-noite,
quero chamar a atenção para o Núcleo 26, Sr. Paulinho, o senhor sabe que é lá
em cima onde mora o Sr. Antônio. O moço já falou da alagação da rua, que a
gente tinha que colocar tijolinhos para poder sair, das garagens que a senhora
já falou também, e o Sr. Cláudio também falou de algumas coisas. E lá, nós
temos uma paineira que está atrapalhando o esgoto. Tem um pessoal da SMAM
responsável por isso, mas disseram que nós não podemos tirar a árvore. Mas a
árvore procura a água, então ela está estourando o esgoto. E no A1 e no A2, os
térreos estão alagados dos esgotos que sobem, e a pavimentação. Tem depois o
nosso muro do Núcleo 26, o Padre Réus, nós queremos saber com urgência como vai
ficar nossa situação, se o muro sai ou fica, porque não podemos ficar mais uns
15 anos esperando para ver como vai ficar a situação. Queremos resolver as nossas
coisas logo. Era isso, o mais urgente é aquela árvore, que está estourando as
paredes do esgoto, dando problema para os apartamentos térreos. Muito obrigada.
O
SR. PRESIDENTE (Adeli Sell): Obrigado,
Íria. O pessoal a SMAM está ai, deve ter anotado.
A
Srª Carmem Lopes está com a palavra.
A
SRA. CARMEM LOPES: Sou
Conselheira Tutelar da Microrregião 10. Boa-noite, é um prazer estar
aqui com vocês de novo. Eu também gostaria de falar para trás, mas como eu
preciso alertar sobre algumas coisas, vou falar para vocês diretamente.
O
que eu vou dizer na verdade, num primeiro momento, é mais uma explicação para
esta comunidade, e vou colocar os Vereadores a par, se eles não sabem ainda,
porque o Prefeito e a nossa Secretaria que comanda o Conselho Tutelar já sabem.
Se vocês não têm o atendimento que vocês merecem ainda com a Microrregião 10, é
porque nós estamos há um ano e meio atuando aqui na Região e ainda não temos um
assistente administrativo. Nós, conselheiros tutelares, temos que fazer toda
parte burocrática do Conselho, porque temos só 12 estagiários que não têm
condições e capacidade de fazer aquilo que um assistente administrativo tem.
Então, se os Vereadores não sabem, eu queria colocar isso para vocês. Isso
dificulta, porque nós não atendemos a nossa comunidade como ela merece.
Outra
situação que também ajuda a não atender vocês, quando vocês nos ligam falando
de uma situação e nos chamando, é que, às vezes, nós estamos sem carro, sem a
Kombi. É um terceirizado que atende a nossa região, e a Kombi quebra, vai para
a vistoria e volta do mesmo jeito, não sei por quê. É uma pergunta, talvez
devem ser feitas algumas CPIs por aí também, que pelo menos a população fica
alerta às coisas que estão acontecendo.
Paulinho,
tu tens todo o nosso apoio, tudo o que a comunidade precisar, no sentido de
mais um posto de Saúde aqui para a região, realmente. Um posto de Saúde do
tamanhinho que vocês têm aqui é muito pouco. O que batem à nossa porta de mães,
de crianças precisando de um atendimento médico! Seria uma coisa de grande
valia.
Escolas,
nós temos mais ou menos, creches também, perto de algumas regiões que a gente
conhece, não que se tenha o suficiente. Mas posto de Saúde está muito pouco.
Então, nós estamos com vocês até debaixo d’água, se precisar. Já que eu falei
em escola, e isso eu queria esclarecer para as pessoas, que não cabe aos
Vereadores, não cabe ao Município a criação de Escola de 2º Grau. Mas vocês
saibam, pelo menos, da grande necessidade que a gente tem de ter uma Escola de
2º Grau. E naquilo que a Câmara puder ajudar, puder estar “botando seu
pitaquinho” lá junto ao Governo Estadual, junto ao Governo Federal, seria
interessante essa preocupação. Era isso. Desculpem, eu sei que hoje a situação
aqui é sobre a COHAB Rubem Berta, mas a gente atende também a COHAB Rubem
Berta, e queríamos que vocês soubessem que o Conselho Tutelar não faz mais
porque não está podendo. Muito obrigada. (Palmas.)
O
SR. PRESIDENTE (Adeli Sell):
Obrigado, Carmem Lopes, Conselheira da Micro 10. Vamos encerrar efetivamente
com as duas últimas inscrições.
O
Dr. Paulo Silva, advogado do Bairro Rubem Berta, está com a palavra.
O
SR. PAULO SILVA:
Boa-noite à Mesa, aos presentes, trabalho no fim da linha do T6, com a BGL Imobiliária,
e nós temos algumas coisas a colocar, por isso gostaria de passar a palavra ao
Dr. Roberto, que é a pessoa mais indicada para isso.
O
SR. PRESIDENTE (Adeli Sell):
Então falará o Sr. Roberto. Nós estamos gravando, por isso nós estamos dando o
nome de todas as pessoas que falam.
O
SR. ROBERTO BARBOSA: Boa-noite,
sou Presidente do LIARB, nós praticamos esporte dentro do Rubem Berta. Desde
1995, a gente luta, reivindica, encaminha projetos no sentido de que se
viabilize a mobilização da Casa política da qual vocês fazem parte, da Casa
política que é o Governo Municipal, no sentido de que evitem que nossas
crianças se criminalizem, se droguem e que morram. Nós temos crianças que
começam o trabalho conosco e não passam dos 18, 19 anos. Mas parece que o nosso
projeto não anda. Passa Governo, antes era o PT - poderia ser o PT o fator
impeditivo -, hoje é o PMDB, o Governo Fogaça, e o nosso Projeto está desde
2005 tramitando. A Neuza Canabarro encaminhou o Projeto, que foi encaminhado ao
Governo Municipal, que disse que não poderia fazê-lo, no entanto fez esse mesmo
projeto nas áreas nobres, no Parcão e na Redenção. Então, solicitamos o apoio
irrestrito de vocês no sentido de que seja minimizada a trajetória política,
voltada realmente para as causas populares, coisa que não tem sido feita nunca
pela Casa política que é a Câmara e pela Casa política que é o Governo
Municipal desta Cidade. (Palmas.)
O
SR. PRESIDENTE (Adeli Sell):
Obrigado, Roberto.
A
Srª Geisa Vargas, do Núcleo 23, está com a palavra.
A
SRA. GEISA VARGAS:
Boa-noite à Mesa e aos demais Vereadores, a minha reclamação principalmente é
para a EPTC, que infelizmente que não está aqui. Eu já cansei de mandar e-mail,
de ligar, eu já “enchi o meu saquinho”. Então é o seguinte, é a questão do
ônibus Rubem Berta/Cairu. Há uma demanda muito grande, de 20 em 20 minutos,
quando chega aqui na quarta parada já está entupido, e os “caras” estão nos
degraus da porta do ônibus. Isso é intolerável! Quando não vem atrasado ainda,
para ajudar mais um pouquinho. Esse seria o primeiro item. O segundo seria a
Praça da Rua Domênico Feoli que não tem manutenção, não tem tosa de grama, não
tem limpeza nenhuma, é reclamado desde o mês de dezembro e não há resposta nem
serviço. O outro item, que é no mesmo parágrafo, o campinho do Núcleo 25
precisa de manutenção das telas e uma ajeitadinha na areia talvez, porque uma
vala fica cortando o meio desse campinho. É um local em que a gurizada gosta de
jogar e é muito interessante. Eu quero frisar uma coisa que o Cláudio falou, a
questão do Posto de Saúde. São 20 fichas em alguns dias, a maior parte do tempo
são três fichas para cada Clínico Geral. Então, às 4h30min, 5h da manhã, quando
se chega lá, já tem as três pessoas. É horrível. Obrigada. (Palmas.)
O
SR. PRESIDENTE (Adeli Sell):
Nós agradecemos. Estão encerradas as inscrições para a comunidade do Rubem
Berta que colocou uma extensa lista de demandas, e nós vamos formatar
absolutamente tudo - está tudo gravado - para o Poder Público Municipal.
Algumas Secretarias, felizmente, e é interessante que eu coloque, e eu acho que
eu falo em nome de todos os Vereadores, algumas Secretarias vêm a todas, mas há
outras que também faltam a todas. Então vamos fazer justiça àqueles que estão
aqui. E eu acho que aqueles que estão aqui, que vêm ouvir a comunidade, merecem
o nosso mais profundo respeito. (Palmas.) E nós, Vereadores, que somos fiscais
da coisa pública, lastimamos profundamente que as mesmas Secretarias que não
vieram aqui são aquelas que também não vão às outras. Eu quero passar a palavra
ao Teixeira, que se precisar sair e quiser fazer uso da palavra, será o
primeiro. (Pausa.) Então primeiro os Vereadores.
O
Ver. Paulinho Ruben Berta está com a palavra.
O
SR. PAULINHO RUBEN BERTA:
Bom, minha gente, ouvi atentamente as manifestações de todo mundo. Mas eu quero
colocar um outro lado também. Nós somos fruto de uma ocupação, há vários anos
lutamos pelo bairro Rubem Berta. Eu me recordo quando nós descíamos daqui de
cima até lá embaixo para pegar um ônibus. Era com chuva, vento, frio e barro.
Hoje já avançamos bastante, porque a nossa comunidade sempre foi unida e muito
aguerrida. Quantas reuniões nós fizemos neste colégio? Também fomos ao
Orçamento Participativo. Chegamos a ter 98 delegados no Orçamento
Participativo, que é um número que poucas comunidades conseguiu, se é que teve
alguma em Porto Alegre que conseguiu, no Centro Vida. Bom, nós já andamos
bastante. Mas não se pode mais tratar o conjunto residencial Rubem Berta como
um bairro; isso tem que ser tratado como uma cidade, que precisa ter
investimentos não só do Governo Municipal, mas também dos Governos Estadual e
Federal. E nós vamos atrás disso, nós vamos lutar por isso, estamos lutando,
conseguimos nos situar no cenário político de Porto Alegre.
Eu
quero me manifestar sobre algumas coisas que foram colocadas. Uma senhora falou
da garagem do Núcleo 19. Nós estivemos lá, trouxemos para a Associação, que
levou a fiscalização da SMOV e entrou, sim, na Justiça contra aquilo lá. O
problema todo é que ficou menos de 50cm para as pessoas passarem. Muitas
pessoas não dão queixa, mas quantas meninas ou senhoras foram estupradas ali?
Na entrada do Núcleo 19. A gente sabe que acontece isso na entrada do Núcleo
19. Então, tem que tirar aquelas garagens. São duas garagens: uma, é de um
comerciante. Eu conversei com ele e ele me disse o seguinte: “se tirarem a
outra, eu tiro a minha”. Mas o morador é proprietário da garagem, e ele não
tira. E a gente não tem força, a não ser que um juiz determine a demolição. Eu
não posso. Como é que eu ou alguém vai lá demolir sem a autorização judicial?
O
Wilson sabe, lutamos há muitos anos para essa situação. Onde é que o processo
está emperrado? É a mesma situação. O Núcleo 8 tem quatro ou cinco garagens, a
boca que os técnicos chamam de 1.500 – não entendo nada disso -, não dá para
passar a rede que vai ser conectada naqueles blocos novos que foram feitos. Não
passa, e os proprietários querem indenização das garagens dentro de uma área
privada, e tem que achar uma maneira de fazer isso. Já lutamos várias vezes,
estamos tentando fazer as coisas funcionarem. E realmente alaga toda a avenida.
Tem gente que construiu mureta nas portas para a água não entrar - tem foto,
tem tudo.
Essa
moça aqui me procurou e eu disse para ela o seguinte: o Rubem Berta, por ser
fruto de uma ocupação, tem uma responsabilidade moral com aquelas pessoas que
moram nas áreas condominiais, nas áreas de praça, nos acessos dos núcleos. Não
é por que eu consegui o meu apartamento que eu vou ter que enxotar os outros.
Não posso fazer isso, não vou fazer, não tenho competência, nem poder para
isso. O que nós sempre batalhamos no Orçamento Participativo? Habitação.
Procurei o Secretário Goulart - está até num panfleto que vocês receberam aí -
para que, no mínimo, 300 a 500 casas do projeto do Governo Federal fossem
repassadas para essas pessoas, para poder desobstruir as praças. Nós só temos
uma praça aqui, uma área de esporte que falta uma calçada. Sobre a área do
campo, eu quero dizer bem para vocês o seguinte: ali onde ela se encontra está
em cima de uma rua. O Núcleo 39 tem outra passarela, e as pessoas precisam
fazer toda a volta para acessar o campo. Nós batalhamos no Orçamento
Participativo - não fui eu, toda a comunidade batalhou - para que fosse feita a
rua Madre Teresa de Calcutá, porque naquela área ali nós tínhamos de um a dois
mortos por semana - vocês se recordam bem disso. Hoje, faz meses, senão anos,
que não tem mais nenhuma morte ali. E eu fico muito feliz quando tu colocas que
quer caminhar na volta do campo. Ótimo, vamos nos unir e vamos fazer esse
passeio lá, junto com as pessoas e Secretários responsáveis por isso.
Quero
dizer para vocês que eu procurei o Secretário Eliseu, vocês estão a par disso,
e é o seguinte: já existe uma emenda, no valor de 500 mil, que precisa ter a
contrapartida do Governo Fogaça, no valor de 100 mil, para ter o dinheiro na
mão e construir o PSF do Rubem Berta ao lado do Clube 22. Eu fiz uma proposta
lá e vocês precisam referendar. Enquanto não se construir um posto lá, que a
Associação, que tem um salão grande, empreste esse salão, mediante documentação,
para que sejam colocadas duas equipes do PSF, que estão destinadas para o
Conjunto Residencial Rubem Berta. Então, espero que a Secretaria aceite, espero
que vocês aprovem isso, que nós vamos poder amenizar um pouquinho o pessoal do
posto.
Presidente,
me perdoa, muitas coisas acontecem num posto de saúde, eu sei que em qualquer
profissão tem aquela pessoa que vai trabalhar de mau humor, isso e aquilo, e no
nosso posto muito gente tem reclamado dos atendentes, nem todos são o que
parecem. Só que eu gostaria de ver as pessoas colocarem um litro da água dentro
de um copo. Isso é o que acontece com o nosso posto, ele não tem capacidade
física para atender. E quem é que vai receber sabendo que tem que mandar para
casa dez, 15, 20 pessoas? Se estressa mesmo, e aí acontece o caos. É agressão,
é ofensa, quando não é pior. Então, nós temos que batalhar todos juntos para
que tenham essas duas equipes emergenciais de PSF, para podermos desafogar um
pouquinho ali e dar uma tranquilidade para aqueles que vêm buscar o atendimento
e para aqueles que estão atendendo lá. Precisa ter isso.
Quanto
às calçadas, Cláudio, é verdade, é responsabilidade do morador, mas nós sabemos
também que o nosso povo não ganha rios de dinheiro, o poder aquisitivo é muito
baixo aqui. Então, nós temos que buscar, junto aos poderes responsáveis por
isso, uma parceria, que nos ajude a fazer, desconto de conta de luz, conta da
água, sei lá, mas tem que nos ajudar a fazer.
Eu
quero dizer para vocês que estamos atentos, estamos trabalhando, e eu tenho
certeza que com esses colegas Vereadores na Câmara, tanto que nós lutamos para
ir lá representar o Rubem Berta, nós estamos lá e vamos cumprir o nosso papel e
representar não só o Rubem Berta, mas a região toda do eixo da Baltazar e Porto
Alegre. Obrigado, e obrigado pela presença.
O
SR. PRESIDENTE (Adeli Sell): Obrigado,
Ver. Paulinho Ruben Berta.
A
Verª Maria Celeste está com a palavra.
A
SRA. MARIA CELESTE: Boa-noite
a todas e a todos, eu estou muito feliz de estar aqui na nossa região, eu também
sou moradora do Rubem Berta, lá da Vila Santa Rosa, depois do eixo da Baltazar,
mas também acompanho pari passu todas as questões da nossa região.
Primeiro vou fazer uma referência ao que o Paulinho já fez na primeira fala,
sobre a questão do alto índice de violência da nossa região, que no dia a dia a
gente tem presenciado através do assassinato de jovens, de adolescentes, que
acabam de uma forma ou de outra se envolvendo, muitas vezes, com o tráfico.
Isto é falta de política pública; isto é falta de projeto, de programa, para
atender a nossa juventude; isto é falta, como disse o Sr. Roberto, do esporte,
a falta de lazer, falta de praça, faltam espaços de oportunidades para a nossa
juventude. Então, essa é uma das questões mais preocupantes, não só aqui da
COHAB, mas de todo o Bairro Rubem Berta, e a gente tem que pensar ações
iniciativas.
E
eu queria dizer para vocês, com muita tranquilidade, eu fui Presidente da
Câmara, que a responsabilidade sobre tudo isso que vocês falaram é da
Prefeitura Municipal de Porto Alegre. A Câmara Municipal tem o papel de
fiscalizar, de buscar, de promover audiências como esta, e conduzir as
propostas para o Executivo. Portanto, é importante que as Secretarias estejam
aqui, é importante que o DEP esteja aqui, porque eles são os gestores públicos,
eles têm que nos dizer o que aconteceu com as demandas que vocês encaminharam e
não foram respondidas, como na questão da EPTC e tantas outras. Mas também é
nosso papel estar aqui representando a comunidade, ouvindo da comunidade as
questões que precisam ser encaminhadas. Portanto, nós nunca nos omitimos da
nossa obrigação. Nós já estivemos aqui quando fui Vice-Presidente da Comissão
de Saúde, no ano passado, fizemos várias audiências, conversas pela Cidade,
especialmente no posto de saúde daqui, na Unidade de Saúde. Nós estivemos aqui
quando houve aquele problema, que estava um grande atrito da comunidade em
relação ao posto de saúde, e já ouvíamos as reclamações em relação aos
servidores, e o Paulinho tem razão, é colocar um litro de água em um copo. É
muito difícil conseguir resolver esse problema, mas já em 2007, 2008, nós
apontávamos para a Secretaria a necessidade de colocar um número maior no
quadro de servidores, e a necessidade de ampliar, de fazer os PSFs aqui na
região. Trinta mil moradores para serem atendidos em uma Unidade de Saúde não
dá mais, e o que a gente vê é cada vez pior o atendimento. Não é só de
madrugada que a gente vai para o posto, no dia anterior já tem gente na fila do
posto. Isso é para nós uma realidade dura, difícil na nossa Cidade, quando a
gente vê, principalmente, questões de corrupção na Secretaria de Saúde do
Município. Uma das secretarias de ponta do Governo, e a gente vê denúncias,
como essa de pagamento de propina na Secretaria de Saúde, que nos envergonha,
nos entristece. Nós estamos aqui, então, sendo responsáveis na parte que nos
toca, buscando comissões, buscando investigar, mas sendo muito parceiros da
comunidade, porque o Orçamento da Cidade, o Orçamento Público, é muito caro. O
dinheiro público é muito caro. E cabe aqui, sim, a responsabilidade da Câmara
Municipal no que diz respeito, e é exatamente este ponto que eu queria colocar
aos senhores, à questão do Orçamento da Cidade e do Plano Plurianual.
O
Paulinho já falou em emendas na questão da Saúde, e é para a Câmara Municipal
que vai o Projeto que o Prefeito Fogaça está deliberando para os cinco anos de
Governo que terá pela frente – quatro mais um da próxima Legislatura – e vai
dizer aonde ele vai gastar o dinheiro público.
Neste momento, acho que todos nós podemos assumir compromissos, inclusive, de verificar se essas demandas que os senhores estão colocando na área da Saúde, na área da Habitação, em todas as áreas que os senhores levantam estarão contempladas adequadamente para o Rubem Berta. Essa é uma tarefa que nos cabe neste momento. É observar o que o Prefeito vai enviar à Câmara Municipal e, através dessa observação, verificar se as demandas dos senhores e das senhoras serão contempladas. Essa é uma atribuição da Câmara Municipal, assim como o é fazer Projetos de Lei.
Cito
a fala do Cândido, quando ele fala na questão das áreas irregulares da Cidade.
Há pouco tempo, tivemos, na Câmara Municipal, um Projeto envidado pelo Prefeito
que dava conta das Áreas de Interesse Social. O que é isto? É dar condição
técnica para aquela Vila poder ter o asfalto, a água, a luz. E pasmem os
senhores, foram 29 áreas que foram contempladas, neste Projeto, dentre as 700
da Cidade. Então, cabe também à Câmara Municipal – e nós não nos omitimos,
porque fizemos emendas; queríamos agregar outras tantas; não conseguimos,
porque houve a dificuldade da análise técnica da Prefeitura, entendemos isso
também, mas cabe a nós estar regularizando, através dos Projetos de iniciativa
do Executivo, as áreas da Cidade para dar todas essas condições.
Então,
também estamos na análise do Plano Diretor e vamos poder estar junto com o Ver.
Paulinho, com o Ver. Mauro, que é daqui da Região, observando todas essas áreas
que pertencem à região norte, e Rubem Berta, da Cidade e poder estar apontando,
dentro do estudo do Plano Diretor, se houve ou não a regularização desta área.
Para
finalizar, eu quero dizer que nós temos um compromisso com a cidade de Porto
Alegre, e, quando lamentavelmente vemos e ouvimos que não há iluminação pública
nas ruas da Cidade, ficamos muito tristes, porque este Governo cobra taxa de
Iluminação Pública na conta de luz de cada um de nós, e não há esta iluminação
ou não há lâmpadas nos postes da Cidade. Gostaria, inclusive, que a SMOV
falasse sobre tudo isso. Uma boa-noite para os senhores e para as senhoras, e
contem conosco.
A
Verª Fernanda Melchionna está com a palavra.
A
SRA. FERNANDA MELCHIONNA:
Boa-noite a todos e todas, é uma satisfação estar aqui na Audiência Pública com
comunidade, porque falta espaço para que o povo possa reclamar, possa usar o
microfone, possa trazer as reivindicações e, sobretudo, ser ouvido. Quero dizer
com muita tranquilidade que temos acompanhado, juntamente com o Douglas, o
lutador do Bairro, com pessoas da comunidade, algumas demandas, e saudar
algumas Secretarias que mandaram representação, porque houve muitos problemas
de alagamento, de asfalto, e que bom que a SMOV e o DEP estão aqui e poderão
fazer uso da palavra e responder as reivindicações dos trabalhadores e das
trabalhadoras do COHAB Rubem Berta.
Mas
quero lamentar que infelizmente a EPTC não está aqui. Aliás, a EPTC não vai a
nenhuma Audiência Pública. Pudera, porque a gente, em Porto Alegre, paga o
transporte coletivo talvez mais caro do Brasil, comparado com São Paulo – R$
2,30 o preço da passagem –, para ter um transporte de qualidade bem duvidosa.
Bem duvidosa, porque o trabalhador volta com superlotação, como uma sardinha
enlatada, no transporte coletivo; bem duvidosa, porque há bairros em que só
passa ônibus às 8 horas da manhã e às 6 horas da tarde - hora em que o
trabalhador vai e volta -; bem duvidosa, porque os trabalhadores, como bem
falou o Émerson, estão sujeitos às piores condições, inclusive de assalto. E
pasmem, se não está no cofre, aquele boca-de-lobo, eles pagam do seu bolso o
custo do assalto que o cobrador sofre e com risco à própria vida! É uma pena
que a EPTC não está aqui, porque deveria vir nos dizer dos problemas das linhas
de ônibus que foram levantadas aqui e também para nos dizer por que esta
passagem custa tão caro e aumentou tanto acima da inflação, tanto acima do
salário mínimo.
Queria
dizer também, sobre um dos problemas que vocês levantaram bastante e que hoje é
um problema geral da sociedade e de Porto Alegre, que é o problema da
juventude, da criminalidade, do narcotráfico, do crack que está numa
epidemia tremenda no nosso Estado. Por um lado, falta política Pública, muito
bem lembrado pela comunidade, para inibir que o jovem se envolva com as drogas;
a política de Educação, a política de Lazer, a política de Cultura, a política
de Trabalho, porque a gente, às vezes, não consegue trabalho; quem é jovem
sabe, é tão difícil conseguir um trabalho, porque tem que ter experiência,
porque mora longe, tem que dar vale-transporte. Tem que ter política de lazer e
cultura para a juventude, por exemplo, nesta Escola que tem EJA à noite,
bacana; no final de semana a gente pode usar para desenvolver para ter teatro
com a comunidade, ter dança com a juventude. Então, esse tipo de projeto é
fundamental, mas é fundamental ter outro tipo de projeto, que é a reintegração
dos jovens que hoje estão viciados em crack na nossa Cidade. São quase
50 mil no Estado e, infelizmente, não tem nenhuma clínica pública que possa dar
conta dos jovens que desde cedo estão viciados, e não existe possibilidade de
serem reintegrados a não ser em comunidades terapêuticas, pagando muito caro.
Essa é uma preocupação fundamental que a gente tem que ter, mas, sobretudo,
cobrar da Prefeitura, porque a gente, como Vereador, muitas vezes fica com
anseio, com as mãos engessadas por ver os problemas, cobrar, fiscalizar,
denunciar, mas tem coisas que só o Executivo pode fazer. E essa questão da
clínica é de iniciativa do Executivo, portanto, nós temos que cobrar. A questão
que o Cláudio falava que é a questão da calçada, uma iniciativa simples,
é uma calçada. Quer dizer, não é nada demais a questão da calçada; depois, na
saúde, “é mais embaixo”. Por que não é feito? É básico, é mínimo!
Eu
quero concluir com a questão da Saúde. É um absurdo que a gente tenha que
aguentar, ficar desde a madrugada, ter 20 fichas, quando não são três, como a
Carmem colocou. Eu queria dizer duas coisas sobre isso: primeiro, que na
Constituição Federal está garantido o direito à Saúde, é um direito fundamental
do cidadão brasileiro, que, infelizmente, não é cumprido; segundo, que no ano
passado a Prefeitura gastou cinco milhões de reais com a Saúde e sabem quanto
gastou com publicidade? Dezesseis milhões! Sabem quanto a Prefeitura gastou com
Cargos de Confiança? Trinta milhões de reais! Gastam mais dinheiro dizendo que
vão fazer ou dando Cargos de Confiança para os Partidos da base aliada do que
resolvendo problema do povo. Só que esse dinheiro é do bolso meu, é do bolso
seu, é do bolso dela, dos impostos que todo o mundo aqui paga e que,
infelizmente, não retornam para a comunidade.
Então,
quero saudar a mobilização de vocês e dizer que tem que ter muita luta mesmo
para a gente conquistar os nossos direitos, mas que vocês podem contar conosco,
que só lutando a gente consegue, e nós vamos ter que batalhar bastante!
(Palmas.)
O
SR. PRESIDENTE (Adeli Sell): Obrigado,
Verª Fernanda Melchionna.
Passo
a palavra ao Ver. Dr. Raul.
O
SR. DR. RAUL: Boa-noite
a todos! Fico muito satisfeito de estar aqui e cumprimentar a todos vocês; a
comunidade, que a gente conhece já há tanto tempo, tão aguerrida, tão lutadora,
que tão bem se faz representar aqui; os nossos Vereadores, os representantes
das nossas Secretarias. Eu trabalhei nesta região por muitos anos, no eixo da
Baltazar, mais no Passo das Pedras, São Cristóvão, então eu conheço bastante
bem a problemática da região. Há 30 anos eu atuo na área da Saúde Pública,
então eu conheço bem a questão do posto de saúde, da ficha. Atendo hoje em dia
no Partenon, e, para vocês terem uma ideia, há dois anos, quando eu entrei como
Vereador, uma das minhas maiores preocupações foi dotar a Cidade de um sistema
de saúde melhor, como tem sido até hoje. Então, quando surgiu uma oportunidade
– isso para que vocês saiam daqui com uma informação -, há cerca de um ano, um
ano e pouco, eu tive contato com o nosso Secretário Estadual da Saúde, Osmar
Terra, que me acenou com a possibilidade de trazer para o Estado oito Unidades
de Saúde 24 Horas, através de um projeto com o Ministério da Saúde. Naquele
momento, eu solicitei para ele que trouxéssemos para Porto Alegre a maioria
delas, que em Porto Alegre é onde mais se precisa. O Secretário foi sensível a
essa iniciativa e quando ele me perguntou, até porque a área de atuação mais
forte dele é Santa Rosa, no Noroeste do Estado, ”Vereador, onde é que o senhor
propõe que a gente coloque essas Unidades”, o primeiro lugar que me veio à
mente – depois me associei com várias lideranças da comunidade, que concordaram
com essa ação - foi o Centro Vida, aqui na Baltazar, até porque estava havendo
a duplicação da Av. Baltazar de Oliveira Garcia, o que facilita o acesso não
para uma comunidade, mas para todas as comunidades da Região. Então, eu queria
deixar bem claro para vocês que esse é um projeto que já está em andamento, já
tem inclusive dinheiro federal assinado, é um processo que está agora entre a
Secretaria da Saúde do Município e a Secretaria do Estado, já está em Brasília.
Nós teremos que ver, daqui a seis meses, um ano, realmente como é que estará,
mas é uma Unidade, a primeira de Porto Alegre, dessas 24 Horas, que já está
garantida que vai ser aqui no Centro Vida, que vai ser para esta Região, uma
região extremamente carente, tanto para o lado do Sarandi, como para o lado da
Baltazar como para o lado que vai para a Av. Protásio Alves. Essa Unidade,
deverá atender de 500 a 700 pessoas por dia, então atenderá uma comunidade
muito grande. E a ideia dessa Unidade é não deixar o Hospital Conceição e os
hospitais da região com as emergências sobrecarregadas; é uma unidade para
tentar resolver a grande maioria das questões de saúde da região, e, muitas
vezes, o Paulinho - que é um grande batalhador aqui - bem falou do PSF que está
faltando, que temos que lutar pelos PSFs também, mas eu acredito que essas duas
coisas possam ser concomitantes, porque uma não impede a outra; ao contrário.
Então nós estamos empenhados nesse processo.
Fora
da Saúde, a gente, como Vereador, também milita nessa área. Hoje, por exemplo,
estive na EPTC, e algo chamou-me muito a atenção. Estive lá na sala da EPTC,
onde é feito o controle de todo o fluxo da Cidade, e é tudo computadorizado,
eles sabem quantas pessoas estão, naquele momento, acessando o sistema, e o que
me falou o Secretário Substituto da EPTC? Ele falou: “Olha, está virando um
terminal lá no Obirici. Nós temos que tentar resolver aquela questão lá”. Ou
seja, está muito grave a situação do pessoal que vem para cá. Então a EPTC sabe
disso e está tentando resolver. É difícil? É. No entanto, a comunidade
pressionando, fica mais fácil tentar encontrar soluções, mas isso é um problema
sério na Cidade que a gente, realmente, tem que tentar enfrentar e resolver.
Eu
também não podia deixar de falar e agradecer, porque o Secretário Ernesto e eu
conversamos sobre o Arroio Passo das Pedras, ele citou aqui que está fazendo um
trabalho bom lá, e eu acho que é isso aí, temos que trabalhar junto com a
comunidade e conseguir realmente o benefício. Reclamações nós vamos ter sempre,
e nós, Vereadores, não queremos elogio, nós queremos a reclamação, porque nós
trabalhamos em cima da reclamação, não é em cima de elogio, e a comunidade
precisa ser atendida. Se a gente conseguir esse posto 24 horas que já está
previsto e que eu acho que vai sair, que maravilha, vamos para a próxima
reclamação. Nós temos que procurar melhorar a qualidade de vida das pessoas,
esse é o nosso objetivo, e é para isso que a gente está na luta pública. Muito
obrigado. (Palmas.)
O
SR. PRESIDENTE (Adeli Sell):
Obrigado, Ver. Dr. Raul. Eu também queria dizer a vocês que estamos fazendo um
conjunto de audiências públicas em várias regiões da Cidade, mas as senhoras e
os senhores aqui - eu sei que o Bairro tem inclusive um telecentro, algumas
pessoas têm acesso inclusive à Internet em casa e, às vezes, as crianças, nas
escolas - não deixem de procurar o Vereador mais próximo que encontrem, seja
onde for, e também acessem o site da Câmara -hoje, pela Internet, é
mais fácil . Às vezes, a gente acha o
nome dos 36, despacha para todos os 36. Temos uma Ouvidoria, o Vereador Pujol
está aqui presente, é o Coordenador, e temos uma estande no Mercado Público,
que sei que muita gente circula pelo Centro. Então, dando uma folguinha, entra
no Mercado Público, tem o pessoal lá atendendo, deixem a sua demanda, levantem
as questões, porque os direitos das pessoas são fundamentais. Passo a palavra
ao Ver. Mauro Pinheiro.
O SR. MAURO PINHEIRO: Boa-noite a
todos os cidadãos aqui do Rubem Berta. Quero cumprimentar e parabenizar,
primeiro, o Paulinho Ruben Berta pela iniciativa; cumprimentar todos os
Vereadores. O Pujol não falou nada, mas vai falar também, não é, Pujol? Não é
só ouvir, não é?
Primeiro eu quero dizer que eu e o Paulinho, a
gente se sente gratificado hoje com a presença de outros Vereadores aqui na
região, a gente que é nativo aqui da região. Tenho comércio há 18 anos aqui na
Estrada Martim Félix Berta. Então não moro aqui no Rubem Berta, mas a gente
reside na Zona Norte, tem comércio em toda ligação com essa região e está feliz
por ter outros Vereadores aqui para escutarem aquilo que a gente reclama. A
gente recebe essas reclamações diariamente, não é, Paulinho? A Maria Celeste
também é aqui da Santa Rosa, também dá para dizer que é da região. Temos lutado
muito para reivindicar tudo aquilo que a agente escuta no dia a dia, caminhando
aqui na Zona Norte. Se é lá no Rubem Berta, se é no campo de futebol do Roberto
ali - que domingo eu estava lá jogando -, a gente sabe que poderia ser muito
melhor o campo, passar uma máquina, dar uma ajeitada até - porque eu jogo lá
também, pelo menos a gente entra em campo lá, corre, brinca junto -, mas a
gente sabe o quanto é difícil conseguir.
Mas, do posto de saúde, é uma reclamação que a
gente já tem feito na tribuna várias vezes, porque não é uma prioridade do
Governo. Deveria ser uma prioridade, e a gente sabe o quanto é difícil. E foi
boa a colocação do Paulinho, de colocar um litro de água num copo. Vinte fichas
para 38 mil pessoas, aproximadamente -, não é, Paulinho? - fica difícil! Mas
isso não é privilégio do Rubem Berta; toda a Cidade está com esse problema, e a
gente tem lutado, tem cobrado, porque, às vezes, não é a prioridade do Governo,
e tem que ser prioridade. A gente sabe que há muitas dificuldades, o Prefeito
não consegue fazer tudo, mas, se aquilo que é a nossa prioridade, nós
cobrarmos, ele vai ter que dar um jeito.
Quanto ao posto 24 horas, Dr. Raul, é interessante
que venha para cá, mas é uma demanda do OP de muito tempo que esta comunidade
tem cobrado. E é importante
que nós, Vereadores, nos somemos a essa cobrança, para que realmente saia o
Posto 24 horas, e não fique só na promessa.
Há
muitas coisas que nós anotamos, e, se não conseguirmos falar tudo... porque o
principal é escutar.
Mas
quanto aos ônibus, eu tenho recebido reclamações diárias da Assis Brasil, a
volta para casa, de quem passou o dia inteiro trabalhando e da dificuldade de
voltar para casa. E eu já falei isso na tribuna; a Sertório é outro problema,
então tu não consegues voltar para a Zona Norte nem pela Sertório, nem pela
Assis Brasil. Só que o corredor da Sertório fica vazio, não passa ônibus na
Sertório nem carro. Esse é um problema que tem que ser resolvido pela EPTC. Só
que, ao contrário do Teixeira, aqui do DEP, que onde a gente vai encontramos
ele sentado, escutando, anotando para resolver, a EPTC, a gente não vê ela
nunca. Nós gostaríamos que o representante da EPTC estivesse aqui, assim como o
DEP. E aí não é falar mal do Governo ou do Prefeito, porque o DEP está aqui. O
DEP está aqui, nós conseguimos falar com o Teixeira, e ele tenta resolver tudo
o que ele pode. Agora a EPTC, não a encontramos em lugar nenhum, só para multar.
Fora multar, não encontramos a EPTC.
Então,
é uma dificuldade falar com a EPTC. Tudo o que se pede para a EPTC, nada é
resolvido. Vamos ver se agora, chegando essas reclamações da Assis Brasil, eles
tomam coragem e fazem alguma coisa por nós.
Também
a respeito de escolas de 2º Grau, vai sair uma Escola Técnica na Restinga e
outra na Zona Leste, no Partenon. Nós já cobramos, sei que o Paulinho também já
fez essa cobrança, e é bom que a comunidade saiba que vão construir duas
Escolas Técnicas em Porto Alegre, e que nos ajudem a cobrar, e que possamos
trazer uma Escola Técnica, quem sabe, ali para o Vida, junto com esse Posto 24
horas. Eu até falei, em uma Audiência, lá na Assembleia Legislativa, a respeito
dessa Escola Técnica, o quanto seria importante. A Zona Norte é uma das regiões
que mais cresce. Toda vila que sai de qualquer lugar, mandam para a Zona Norte.
Então, nós temos que criar mais infraestrutura na Zona Norte, não adianta só
mandar as pessoas para cá; a infraestrutura tem que acompanhar o crescimento
populacional da Zona Norte, e isso não acontece, e nós temos cobrado
diariamente.
A
mesma coisa são as obras da Baltazar de Oliveira Garcia, é uma vergonha! Todos
os dias, nós cobramos as obras da Baltazar, todo dia nós cobramos, até vamos perdendo
a vontade de cobrar. E aí teve o prazo do final do ano, depois é em março,
depois é em abril, depois é final de maio. E parece que falta tão pouco, está
ficando tão bonito. Será que não melhoraria a nossa volta para casa se fosse
resolvido esse problema? Mas é o que eu disse a vocês: é uma questão de
prioridade, e, às vezes, a prioridade não é a Zona Norte. E nós temos cobrado
diariamente da tribuna, eu, o Paulinho, a Celeste e outros Vereadores que
também acabam se somando a nós. Mas vocês precisam nos ajudar, nos cobrar e
cobrar outros também, porque todos os Vereadores têm que brigar pela Zona
Norte, porque sabemos que ela está virando um depósito, e a infraestrutura não
acompanha.
Então,
pessoal, vocês podem ter certeza de que nós estamos cobrando, estamos lutando,
mas as coisas não são tão fáceis assim. Nós temos, só no Rubem Berta, mais de
30 mil pessoas. A Zona Norte tem mais de 150 mil pessoas, com certeza. Por que
a infraestrutura não vem para cá? Mais de 10% da população está aqui na Zona Norte.
É uma questão de união e de luta de todos. Portanto, pessoal, vamos continuar
lutando.
Também
há o problema da Saúde, está havendo um escândalo na Saúde, nós estamos
tentando instalar uma CPI para investigar, e estamos com dificuldades. Cobrem
os Vereadores que vocês conhecem, para que busquem, junto conosco, a
investigação para, quem sabe, esse dinheiro que foi desviado, que acreditamos
que foi desviado, possa se transformar em mais médicos e mais postos de Saúde
para a Zona Norte. Obrigado.
O
SR. PRESIDENTE (Adeli Sell): Obrigado,
Mauro Pinheiro.
O
Ver. Reginaldo Pujol está com a palavra.
O
SR. REGINALDO PUJOL: Eu
quero cumprimentar todos e dizer da minha satisfação de estar presente nesta
Audiência Pública. E quero, com toda sinceridade, dizer que estou aqui
especialmente em função do trabalho do Ver. Paulinho Ruben Berta. Eu, além de
ser um dos mais idosos da Câmara, eu sou o Vereador único de um Partido. Então,
evidentemente, eu tenho que me distribuir por toda a cidade de Porto Alegre.
Isso não me dá condições de eu estar presente em todas as reuniões como eu
gostaria de estar presente. Não há possibilidade física de isso acontecer. Mas
eu tenho visto o trabalho do Paulinho, com tamanho empenho, entusiasmo,
dedicação e persistência, que eu não pude negar a ele a possibilidade de estar
aqui com ele. A verdade é que, às vezes, a gente faz uma espécie de exclusão e
diz: “Olha, naquela região, já existe um Vereador, por exemplo, lá na Vila
Santa Rosa, tem a Verª Maria Celeste, que é de um Partido ao qual me oponho, o
Partido dos Trabalhadores, mas aqui eu posso dizer que ela é uma excelente
representante popular, dedicada, entusiasmada, sei que vão falar lá sobre a
nossa Região, Fernando, enfim, às vezes, a gente diz: “Naquele local, há um
representante, e a gente não precisa estar lá.” E eu entendo que é mais
importante para nós virmos a uma reunião como esta do que vocês terem a nossa
presença, porque, cada vez que a gente vem a uma reunião, a uma assembleia, a
um movimento de reivindicação, a gente se renova naquilo que é prioridade no
nosso trabalho.
É
verdade que, ao longo de 30 anos, eu vejo reclamação a respeito de esgoto. Bom,
sobre esgoto estão sempre reclamando. Eu fico feliz, não porque continuam
reclamando por esgoto, é que vocês reconheçam, e parece-se que é uma
unanimidade, que um dos mais sensíveis integrantes da Administração Municipal é
o meu amigo Ernesto, Diretor do DEP, que consegue estar presente em todas as
reuniões, em que pesem as dificuldades que ele também encontra. Eu acho que, em
todos os governos, a gente tem pessoas com maior ou menor sensibilidade, e
acredito que eu tenha condições de provocar, no Governo do Município, o aumento
dessa sensibilidade.
Eu
fiquei, durante 12 anos, na Câmara de Vereadores, como homem de oposição. Eu
criticava, reclamava, mas há o testemunho do Ver. Adeli, por exemplo, de que
nunca fui um radical de procurar atrapalhar uma administração apenas para ter
resultados eleitorais a meu favor. Eu fiquei um tempo fora, estive na
Assembleia Legislativa, volto agora e vejo que eu estava desacostumado a ser
Governo, mas agora tenho que me dar conta de que sou da base do Governo e tenho
responsabilidade, sim.
Então,
quando vocês me dizem que a EPTC se nega a ouvi-los, eu vou cobrar do Prefeito,
tem que ouvir vocês, sim, tem que assumir os compromissos. Aliás, eu não sei
nem por que estou falando agora, porque os companheiros, provavelmente, pela
minha idade, outorgaram-me a responsabilidade de ser o Ouvidor da Câmara, então
eu tenho que ouvir mais do que falar, e já estou falando demais.
Dentro
dessa linha, quero dizer a vocês que temos, como disse o Adeli, um posto no
Mercado Público Central, que é um lugar onde tramitam e transitam inúmeras
pessoas diariamente, mas eu acho que isso é pouco. Nós estamos organizando uma
Ouvidoria móvel, que irá, todos os fins de semana, se instalar em algum lugar
de Porto Alegre.
E
quero dizer que, em homenagem ao Paulinho, à Maria Celeste e ao Mauro, que são
desta Região, certamente a Santa Rosa e o Rubem Berta terão um fim de semana
para que não só vocês, as mais ou menos 150 pessoas que estão aqui, mas toda a
população que tenha demanda leve para o Vereador, que tem uma obrigação a qual
ele não pode renunciar, e, mais do que falar, ele tem que ouvir! Tem que ouvir
os reclames e sabendo que, muitas vezes, a pessoa está precisando de um ombro
para ser compreendida no seu desejo e na sua reivindicação, e que essa falta de
compreensão gera a falta de solidariedade. E quem não tiver a condição de ser
solidário, que faça qualquer coisa na vida, menos ser Vereador, porque o
Vereador tem que ser essencialmente solidário.
O
meu tempo já acabou, eu já fui muito além do que deveria. Quero renovar a minha
crença de que comunidades que têm representantes como vocês têm, o Paulinho
Ruben Berta, que, até no nome, se identifica com vocês no seu nome parlamentar,
deverão encontrar, com dificuldades, aqui e acolá, mas encontrarão respostas
adequadas aos seus problemas.
E
quando um homem como o Paulinho não tiver forças sozinho para resolver, haverá
amigos solidários para ajudá-lo. Eu estou ao teu lado, Paulinho, no teu
trabalho aqui com o teu Bairro. Muito obrigado.
O
SR. PRESIDENTE (Adeli Sell): Obrigado,
Pujol.
A
comunidade falou, os Vereadores falaram, a mim cabe presidir, e vou agora disponibilizar
a palavra aos membros do Governo aqui presentes. Sintam-se livres para as suas
inscrições.
O
Sr. Ernesto Teixeira, do DEP, está com a palavra.
O
SR. ERNESTO DA CRUZ TEIXEIRA: Eu
quero cumprimentar o Vereador e amigo Adeli Sell, que preside os trabalhos
desta Audiência Pública; cumprimentar a Verª Maria Celeste, a quem estive
visitando esses dias, agradeço a maneira cortez, fidalga e competente com que
ela sempre nos tratou no DEP, com as nossas coisas e com as coisas da Câmara.
Quero também cumprimentar a Verª Fernanda Melchionna, que representa a nova
geração política, e abro um parentes: na tua idade, Fernanda, eu estava fora
deste País, não porque eu queria, porque eu tive que ir com toda a minha
família, e tenho um orgulho de te dizer que a minha luta e a luta de muitos
companheiros que estão aqui, que eram do mesmo lado, te oportunizaram estar
aqui me criticando hoje em algumas coisas, não a crítica a mim, mas a crítica
ao Governo a que eu pertenço, pelo que nós não pudemos fazer. Eu me sinto
feliz, quando ouço isso, e é por isso que eu venho, porque, senão, a nossa
luta, de muitos anos atrás, não teria sentido, porque eu era cara pintada
também naquela época. Eu quero cumprimentar também o Ver. Mauro Pinheiro,
também da nova geração deste Bairro aqui também; quero cumprimentar esse “cara”
que, naquela época que nós não tínhamos a quem pedir, nós íamos pedir a ele;
ele nos ouvia, nos atendia, nos botava no colo, muitas vezes, e essa homenagem
eu vou fazer em todos os lugares em que eu estiver com ele, porque tu és um
democrata autêntico! Quero cumprimentar também aqui o Dr. Raul, meu companheiro
de Partido, esse médico comunitário que faz um trabalho espetacular e nos honra
como seu trabalho, um homem digno; eu tenho orgulho de ser amigo do Raul. E
deixei para o fim - perdoe-me a Verª Maria Celeste, que tem um trabalho, neste
Bairro, fantástico; o Mauro, que começa agora, que é Vereador porque também
tem, senão não seria -, eu deixei para o fim o Ver. Paulinho Ruben Berta, que
conheci no ano de 1984, quando ainda lutávamos para eleger o nosso Governador,
na época, Simon. Eu vim aqui hoje, Paulinho, e hoje tem o Conselho na Restinga,
hoje é a Reunião do Orçamento Participativo na Restinga, e vocês sabem que
aquela Região precisa da nossa presença. Eu digo para vocês que eu fui em todos
os Orçamentos. Hoje deixei de ir pela convocação do Bairro Rubem Berta, mas
muito por ti, Paulinho, por tudo que tu fizeste pela tua gente aqui do Bairro.
E eu quero pedir perdão, em nome do DEP, e quero deixar claro que aqui vou
falar apenas em nome do DEP, porque, na minha época, eu também berrava, e vocês
têm que cobrar daqueles que não vêm, daqueles que não estão presentes, porque
quem está no Governo com um cargo recebendo bem, ele, no mínimo, tem que dar
uma explicação, porque nós também temos que dizer “não”, muitas vezes, mas
temos que saber como dizer “não”. Aqui eu já disse “não”, muitas vezes, e vou
dizer outras tantas, por não poder fazer o que pedem. Mas eu quero dar algumas
respostas, eu quero falar aqui ao Rodney Torres, Assessor do Ver. Adeli, do meu
amigo, que nós vamos fazer uma visita, sim, aos Núcleos 5 e 4, conforme
pediste. Quero falar como meu amigo Pedro - onde está o Pedro? Foi embora. O
Pedro é um amigo antigo que elogiou o DEP, mas disse que nós temos que ir na
Rua Sadi, então nós vamos fazer esse estudo técnico da Rua Sadi, porque eu,
aqui comigo, tenho o Francisco Pinto - levanta um pouquinho para o pessoal te
ver, Francisco -; o Francisco Pinto é o Diretor de Manutenção do DEP,
funcionário do DEP há quase 30 anos, que passou por todos os Governos: passou
pelo da Maria Celeste, passou pelo teu, passou pelo do Collares, está lá pela
competência que ele tem. E eu tenho uma honra muito grande de estar com ele
trabalhando, porque ele sabe muito mais do que eu. Eu tenho que vir aqui ouvir.
E eu quero saber, viu, Bolinha - levanta, Bolinha -, o Bolinha é o Gerente
aqui, quem não conhece o Bolinha? (Palmas.) Todos conhecem, estás lá há quantos
anos, Bolinha?
(Manifestação
fora do microfone. Inaudível.)
O
SR. ERNESTO DA CRUZ TEIXEIRA: Vinte
e oito anos na Zona Norte. Vocês todos o conhecem. Depois ele vai lá com o
Chico, na Rua Sadi, fazer esse estudo técnico. Bom, eu só não concordo aqui com
o Seu Wilson, que disse que o DEP não respondeu. Wilson, o DEP responde tudo o
que recebe, está aqui a resposta, na época, ao Paulo Sérgio Santos da Silva,
que eu, principalmente, assinei, e o processo foi para a SMOV. Agora, ficou na
SMOV. Então vamos nós, eu, pessoalmente, vou perguntar à SMOV o que houve aqui,
mas eu quero dizer que o DEP fez a sua parte e fez as duas partes da obra que
cabiam a ele, DEP; como a obra era da SMOV, o restante era com a SMOV.
Bem,
o Cândido falou que não obteve resposta do DEP, com relação à Vila Unidos, e,
quando chove não vem. Eu quero dizer que o DEP trabalha muito mais com chuva,
todo o mundo sabe aqui. É muito mais fácil vocês verem o DEP nas ruas quando
chove do que quando não chove. Mas eu vou ver isso da Vila Unidos, ver o que
houve, e, no final, vou dizer para vocês.
A
Dona Solange disse que tem esgoto correndo na escadaria. Deve ser DMAE aqui,
vamos ver se é DEP. Se for DEP, tomaremos as providências.
O
Sr. Hugo agradece pela limpeza do arroio das Pedras, isso também era uma
reivindicação muito antiga da Região, e nós nos envolvemos muito com todos
vocês, com Maria Celeste, com o Paulinho, com o Raul, com todos os Vereadores,
com o Mauro, e conseguimos essa draga que está fazendo esse trabalho tão
importante.
E,
quanto ao material não recolhido, quero explicar para vocês o seguinte: quando
se tira o material de dentro do arroio, ele não pode ser levado imediatamente
para o DMLU, porque ele está contaminado. Ele tem de ficar de 20 a 30 dias
secando. Só depois desse tempo, se recolhe e se leva esse aterro.
E,
finalmente, aqui, o Sr. José Carlos, do Núcleo 15, disse que a Rua Osvaldo
Thiesen não tinha recebido manutenção. O senhor ainda não deve ter ido para
casa, veio para cá direto, casualmente começou hoje, e acho que termina amanhã.
Olha,
eu quero dizer para vocês que a pressão popular é que faz mover os governos;
não só o nosso, mas todos. Todos. Desde que me conheço por gente, é a pressão
popular. Vocês têm de reclamar de quem não trabalha. Tem um Ouvidor aqui, da
Câmara de Vereadores; tem os Ouvidores da Prefeitura, e eu sou um deles, que
vou levar o que aconteceu aqui ao Prefeito, mas façam isso, porque nós ganhamos
muito bem para trabalhar.
O
DEP hoje está, por intermédio do seu Secretário Substituto, no Orçamento
Participativo, numa reunião na Azenha por causa do condomínio da Princesa
Isabel, com o seu Presidente, com seu Diretor do Núcleo da Comunitária, e
estamos aqui com o Diretor Francisco - eu e o Gerente. E isso é para valorizar
este Bairro, porque a mobilização sempre foi forte.
E,
desculpem, eu não uso retrovisor, eu não gosto de falar de governos passados.
Acho
que todos fizeram o que puderam pelo seu país, pelo seu povo, mas acho que o
Governo Fogaça está fazendo bastante também, e em todos os setores. Há alguns
que podem se contentar mais, mas vou citar aqui alguns setores: por exemplo, na
Educação, ele está fazendo um trabalho maravilhoso.
Então,
estou homenageando a Educação, que está em todas as reuniões; e cumprimento os
Vereadores, que são os verdadeiros representantes de vocês. Muito obrigado.
O
SR. PRESIDENTE (Adeli Sell):
Obrigado, Teixeira.
Estou
sendo informado de que o dossiê que foi referido está há 40 dias na Secretaria
de Obras. Então, peço para o pessoal da Secretaria desencavar isso amanhã.
Alguma
Secretaria gostaria de faze uso da palavra? Então, anotem.
Então,
representando a Saúde, a nossa Gerente Distrital, Angela Regina Nunes.
A
SRA. ANGELA REGINA GROFF NUNES:
Boa-noite a todos. Eu não tenho a pretensão de dar resposta para todos os
problemas da Saúde do Município de Porto Alegre. Vocês devem saber disso. O que
eu tenho de falar é que a gente tem ganhado várias coisas aqui na região da
Norte e do eixo, e uma das coisas que o Vereador comentou é que, provavelmente,
vai entrar mesmo um PA - Pronto Atendimento -, que talvez seja no Vida, porque
o coordenador dos pronto-atendimentos hoje está indo numa reunião do Conselho
Distrital de Saúde da Região eixo para conversar com o pessoal sobre se lá
seria o melhor local para colocar. E, depois, ele irá para uma reunião do
Conselho Distrital da Norte para ouvir a população e saber se, realmente, ali
seria o melhor lugar.
Eu
como Gerente Distrital aqui da região, que conheço os locais de saúde, os
postos, e a infraestrutura que a gente tem, acho que ali é um bom lugar, sim.
Infelizmente,
acho que pouca gente se faz representar nos conselhos distritais. Vocês
pertencem ao eixo, é a terceira terça do mês lá no Vida, às 19 horas; a
Associação Comunitária e também o Conselho local do Rubem Berta sempre se faz
presente, mas, como foi falado aqui, a população em geral, quando precisa,
necessita de alguma reivindicação, não tem se mostrado presente lá. É uma
instância da Saúde onde a população tem voz. Quanto ao Posto dessa Região do
Rubem Berta, eu posso dizer, que... Claro a gente não pretende que fique como está,
sempre a gente quer melhorar em todos os aspectos e sentidos, mas, pelo menos o
Posto Rubem Berta é um posto dentro da norte/eixo que tem algum médico e, em
todos os horários, fica aberto, ou seja um Pediatra, ou seja um Clínico, ou
seja um Geral comunitário, ou seja um Ginecologista. Esse médico que está aí
também faz atendimento, digamos assim: eu não tenho um Pediatra no turno da
noite, mas eu tenho o Geral comunitário, que é habilitado a dar alguma resposta
se alguma criança precise ser vista na hora, uma orientação ou o que for. A
unidade de saúde não é um pronto-atendimento, não tem estrutura para atender
uma urgência, uma emergência, é uma unidade básica de saúde, não é um
pronto-atendimento, não é uma emergência. Então, a gente tem de saber disso
também, a gente pode olhar, pode avaliar e pode orientar como médico, mas, a
gente não tem vários recursos para atender, vamos dizer, se fosse um caso de
uma emergência, de uma urgência; a gente não tem recursos no local. A gente tem
muitos problemas de RH, sim, na Saúde, em todo o Município. Um dos nossos
problemas é que muitos profissionais, nós temos do Município, temos do Estado e
temos Federais, só que esses profissionais que são estaduais e federais estão
se aposentando, é gente do antigo INAMPS que passou para o Município, e essas
vagas não são repostas, tanto vagas de médicos de todas as especialidades,
quanto de técnicos, quanto de outros profissionais como nutricionista,
assistente social, etc.
Então,
há de se criar um projeto de lei na Câmara de Vereadores, está se tentando, da
Saúde, levar isso para a Câmara, que crie criados novos cargos, por exemplo,
nós não temos mil médicos em toda a Porto Alegre, hoje. Cargo de médico em toda
a Secretaria da Saúde de Porto Alegre, são novecentos e poucos, e a gente não
pode exceder. Se tiver 980 vagas para médico, nós não podemos colocar 981, nós
temos de continuar com as 980 vagas, a não ser que se faça um lei que aumente o
número de profissionais. Esse é um dos problemas também. E quanto à Saúde aqui
da Região, já foi falado, eu só vou reiterar que, dentro da Secretaria da
Saúde, as primeiras equipes de PSFs, foi feito um levantamento da Saúde das
primeiras trinta e seis equipes de PSFs para serem colocadas em toda a Porto
Alegre, fazendo um levantamento da vulnerabilidade do local: aí se vêm os
nascidos vivos, se vê a mortalidade infantil, se vêm doenças degenerativas como
diabetes, hipertensão, se vêm agravos como a tuberculose, HIV, etc. tal, e,
dentro desse levantamento todo, a segunda, terceira e quarta equipes que vão
entrar em Porto Alegre vai ser aqui no Rubem Berta. Eu não tenho lembrança da
primeira para onde é que vai, assim, de cabeça. A Secretaria da Saúde elencou,
dessas primeiras trinta e seis que devem entrar, a segunda, a terceira e a quarta,
três equipes, para o PSF aqui do Rubem Berta.
A
SRA. FERNANDA MELCHIONNA: Tem
data?
A
SRA. ANGELA REGINA GROFF NUNES: Não.
Não tem data. Faz parte do Plano de Governo, mas não tem data, que eu possa
dizer. Bom, e aí só para complementar, o que a gente está tentando viabilizar é
colocar onde? O Local para vocês já ficarem sabendo dessas tratativas que a
gente está tentando para ver onde colocar essas equipes. Eu estou sempre nas
reuniões dos Conselho Distritais da Norte e da eixo; quanto mais vocês se fizerem
representar, melhor para a Região. Acho que não é só o conselho local, o
Conselho daqui, da Unidade, que tem que se representar; mas também outras
pessoas da Região. Então, aqui, a de vocês é toda a terceira terça-feira do
mês, no Vida, às 19:00 horas. Espero encontrá-los lá.
O
SR. PRESIDENTE (Adeli Sell): Obrigado,
Angela. Bom, não havendo mais pedidos e dado o adiantado da hora, nós queremos
agradecer a presença. Ah! Ver. Todeschini, desculpe, eu queria anunciar a sua
presença também. Nós estamos encerrando, alguns Vereadores já falaram.
Desculpe, mas nós estamos nos encaminhando para o final.
Eu
queria agradecer a presença de todos aqui, e, conforme nós já acertamos com
vocês, todas as questões estão devidamente anotadas, alguns representantes estiveram
presente, a Câmara faz um dossiê e cobra da Prefeitura Municipal, porque, antes
de sermos Legisladores - não é, Paulinho Ruben Berta? -, nós somos fiscais das
coisas públicas. Tenham todos uma boa-noite.
(Encerra-se
a Audiência Pública às 21h25min.)
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